A prescrição do Addyi, medicamento conhecido como
'viagra feminino', foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA),
agência norte-americana que regulariza remédios no país. A droga tem como
objetivo aumentar o desejo sexual das mulheres mas seu processo para atingir
este resultado é bastante diferente quando comparado ao seu paralelo masculino.
A flibanserina, droga que poderá ser utilizada
pelas americanas no Addyi, regula os níveis de neurotransmissores do humor. Já
o Viagra e seus similares atuam contra a impotência, vascularizando a área
genital e, apenas indiretamente, aumentando o desejo sexual, por aumentar a
autoestima e a sensação de poder a partir da ereção.
O desejo sexual feminino ainda é pouco conhecido
pela ciência, e há nítidas diferenças em relação ao do homem. Enquanto no caso
deles, o desejo é geralmente espontâneo, o delas é mais complexo e depende de
fatores externos ao ato sexual, como saúde física e emocional, condição
socioeconômica e vínculo afetivo.
A FDA sofreu uma campanha intensa para aprovar o medicamento.
A agência foi acusada de ser machista por aprovar o remédio masculino e não
liberar o feminino. Os defensores da droga afirmavam que o medicamento feminino
era esperado há muito tempo enquanto o masculino já estava com várias opções no
mercado.
- Esse é o maior avanço para saúde sexual das
mulheres desde a pílula - afirmou Sally Greenberg, diretora-executiva da Liga
Nacional de Consumidores ao jornal New York Times.
Porém críticos apontam que a aprovação da droga foi
deturpada devido ao envolvimento de uma questão feminista ao tratar de um
remédio que não se mostrou totalmente eficaz e que apresenta riscos de efeitos
colaterais. Entre os apontados estão a pressão arterial baixa, desmaio,
náuseas, tonturas e sonolência.
Fonte:
CRF-PA (Conselho Regional de Farmácia-Pará)
DATA:
19/08/2015
REFERÊNCIA:
Disponível
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