No Alasca, mosquitos superam as pessoas numa
proporção de 24 milhões para um. Isso faz do estado americano um ótimo lugar
para testar as últimas defesas contra os bichinhos. Em um experimento, a
jornalista americana Jennifer Jolly, do jornal “The New York Times”, utilizou
produtos mais recentes do mercado: pulseiras seguras para crianças feitas com
óleos vegetais, ventiladores com o repelente embutido, roupas tratadas
quimicamente e o bom e velho inseticida. Por fim, testou um adesivo de alta
tecnologia que só deve ser lançado no ano que vem, o qual creditou como tendo
os melhores resultados.
O produto, de cheiro parecido ao de cravo-da-índia,
confunde os sentidos do mosquito, obstruindo sua habilidade de nos localizar
pelo dióxido de carbono que exalamos e confundindo a capacidade de nos achar de
perto. A substância foi muito eficaz no laboratório, mas o teste decisivo será
feito quando for usada em todos os cantos recobertos de mosquitos do planeta. A
versão branda do composto do laboratório Kite, em Riverside, Califórnia, a ser
lançada em 2016, é feita com odores baseados em plantas, o que não exige
aprovação da Agência de Proteção Ambiental. Uma versão mais forte aguarda
aprovação regulatória para 2017.
Uma equipe de cientistas e empreendedores do setor
tecnológico está dando os toques finais no adesivo, para ser usado na roupa,
que “praticamente torna os humanos invisíveis para os pernilongos”, segundo a
jornalista.
As apostas são altas. Até agora, 40 estados
americanos registram casos de febre do Nilo Ocidental. Segundo a Organização
Mundial da Saúde, os mosquitos permanecem como os animais mais mortais do
planeta, transmitindo doenças como a do Nilo Ocidental, chicungunha e malária
que matam mais de um milhão de pessoas por ano. Qualquer tecnologia nova para
repelir de forma eficaz e consistente os pernilongos não vai apenas tornar os
verões mais confortáveis – também salvará vidas.
O primeiro teste da jornalista contra mosquitos foi
com uma série de pulseiras coloridas, seguras para crianças, embebidas em óleos
vegetais naturais, tais como citronela, gerânio, capim-limão e hortelã.
Jennifer experimentou o bracelete chamado Buglet, disponível em uma série de
cores e com "personagens animais fofinhos". Também testou o de
plástico mais modesto chamado Bugband e a versão com velcro chamada Parakito.
Segundo ela, todos tinham cheiro bom e ótimo visual, mas não afastaram os
bichos por muito tempo. Embora não pousassem diretamente nas pulseiras, não se
intimidavam em vir comer a poucos centímetros dali.
Há, ainda, como reportou, o Off Clip On – um
ventilador do tamanho de um celular encaixado na parte de cima da calça ou em
um bolso. Gire o botão e ele circula um repelente sem cheiro feito com
metoflutrina. O aparelho custa menos de US$ 10, com pilhas inclusas. Segundo a
embalagem, contém repelente suficiente para 12 horas. A seguir, vestiu roupa
com permetrina, substância sintética que atua como os extratos naturais da flor
do crisântemo e mata insetos quando é perfurada. Usou moletom e calça da
Exofficio. A roupa funcionou “razoavelmente bem”, mas embora os mosquitos não a
tenham penetrado, eles se mostravam "perfeitamente à vontade" para
voar ao seu redor e, às vezes, "pousar em qualquer pedaço de pele nua que
pudessem encontrar".
Para Jennifer, a única coisa que funcionou bem de
verdade é algo que já funcionava bem 40 anos atrás: inseticida com DEET. No
entanto, a outra opção promissora – um adesivo que praticamente cria um campo
de força repelente aos pernilongos ao redor do corpo – estará disponível até o
próximo verão.
Fonte:
CRF-RJ (Conselho Regional de Farmácia-Pará)
DATA:
17/08/2015
REFERÊNCIA:
Disponível
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