A ANVISA alerta ao
consumidores sobre a constatação da presença de medicamentos em um suplemento
alimentar chamado Mayhem. O produto não está regularizado no Brasil, mas
eventualmente, pode ter sido importado para uso pessoal.
A Gerência-Geral de
Alimentos da Anvisa recebeu uma notificação emitida pelo órgão norte americano
de alimentos e medicamentos (Food and Drugs Administration – FDA) sobre o
recall do suplemento dietético Mayhem, fabricado pela empresa norte-americana
Chaotic Labz.
O motivo do recall foi a
detecção, pelo laboratório de análises do FDA, das substâncias medicamentosas
Dexametasona e Ciproeptadina, não declaradas no rótulo do produto. O
Dexametasona é um corticosteroide usado no tratamento de condições inflamatórias,
e o seu uso pode levar à dificuldade do organismo em combater infecções e
causar aumento do nível da glicemia, danos musculares e distúrbios
psiquiátricos. Quando usado por longos períodos ou altas doses, pode ocasionar
problemas na glândula adrenal e causar sintomas de abstinência com a
interrupção abrupta.
A Ciproeptadina consiste em
um anti-histamínico que pode provocar sonolência e afetar a agilidade mental.
Além disso, estes medicamentos presentes no produto Mayhem podem causar sérios
efeitos colaterais quando combinados com outros medicamentos. Até o momento,
segundo informações do FDA, a empresa não recebeu nenhuma notificação de
efeitos adversos relacionados ao produto.
De acordo com o Decreto-Lei
n 986/69, que dispõe sobre Normas Básicas em Alimentos, no Brasil, estão
excluídos da categoria de alimentos os produtos com finalidade medicamentosa ou
terapêutica, qualquer que seja a forma como se apresentem ou o modo como são
administrados. Desta forma, o suplemento dietético Mayhem não é enquadrado na
categoria de alimentos, no Brasil. Além disso, o produto em questão contém em
sua lista de ingredientes extratos vegetais, cuja segurança não foi avaliada
pela ANVISA, sendo considerado, portanto, irregular de acordo com a legislação
sanitária brasileira.
Por se tratar de um produto
comercializado internacionalmente por meio de uma ampla gama de canais de
distribuição, a ANVISA
recomenda aos consumidores brasileiros que não façam o uso do produto em
questão. O produto não atende à legislação brasileira,
particularmente sobre a avaliação de segurança, mas é comercializado na
internet e também pode ser adquirido por meio da importação direta por
consumidores.
FONTE:
ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA)
DATA:
19/11/2014
REFERÊNCIAS