Em relação ao surto de Ebola circunscrito a alguns
países da África, a Anvisa esclarece que segue as diretrizes da Organização
Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde para o controle de doenças. A
área de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa adota protocolo internacional
para detecção e isolamento de casos suspeitos, tal como já ocorreu com a SARS,
Influenza A(H1N1) e Antrax. A vigilância sanitária e epidemiológica exercidas
pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde, respectivamente, não é um fato novo.
A OMS e o Ministério da Saúde não recomendam
medidas de controle extraordinárias relacionadas a viajantes ou meios de
transporte que se dirijam ou que venham de áreas afetadas pelo vírus Ebola. No
entanto, como medida de preventiva, as áreas da Anvisa em Portos, Aeroportos e
Fronteiras se mantém em estado de alerta para eventos de saúde relacionados a
viajantes. Assim, caso necessário, os planos de contingência já existentes para
Emergências de Saúde Pública de Interesse Internacional (ESPII) serão ativados.
Segundo informações da OMS, o risco de infecção
para quem viaja para os países comprovadamente afetados com vírus Ebola, até o
momento, é considerado muito baixo, a menos que ocorra contato direto com
pessoas ou animais (doentes ou mortos) infectados. A transmissão do vírus
resulta de contato direto com fluídos ou secreções corporais de indivíduos
infectados. Portanto, o risco maior de infecção está associado à exposição
desprotegida, sobretudo nos ambientes hospitalares.
Caso uma pessoa durante um voo comercial, ou outro
meio de transporte, desenvolva sintomas típicos de infecção pelo Ebola e haja
suspeita de exposição ao vírus, a tripulação aciona as autoridades sanitárias
em solo. Na chegada ao destino, as autoridades sanitárias e a equipe de saúde
do aeroporto ou porto avaliam o risco para definir a necessidade ou não de
medidas de controle. Se descartado o risco, o passageiro é enviado ao hospital
para avaliação e tratamento de seu problema de saúde.
Se os sinais e sintomas, bem como o histórico de
exposição à doença nos países afetados, estiverem de acordo com a definição de
caso suspeito, o viajante deve ser isolado em ambiente hospitalar específico
para evitar a transmissão do vírus.
Os ambientes e equipamentos que estiveram em
contato com o viajante passam por descontaminação e os resíduos são descartados
como infectantes. O rastreamento de contatos pelos serviços de saúde, em caso
de passageiro suspeito, é recomendado e faz parte dos planos de contingência
existentes.
Com relação aos trabalhadores de saúde envolvidos
no atendimento de pacientes com Ebola, devem ser adotadas as precauções
adequadas para evitar a contaminação, como o uso de equipamento de proteção
individual apropriado.
Em resumo, a atual situação é de monitoramento e a
possibilidade de haver casos importados é baixa, pois a transmissão se dá pelo
contato muito próximo com o doente. A Anvisa mantém sua rotina de vigilância de
viajantes e tomará novas ações na medida em que o OMS alterar o seu nível de alerta.
Mais informações podem ser obtidas junto à
OPAS/OMS, em Brasília, e na Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde.
FONTE: ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA)
Data: 12/08/2014
REFERÊNCIA
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