O exame
conhecido no inglês como Cell-free DNA (cfDNA) mostrou-se altamente
eficaz para analisar a trissomia fetal em mulheres de alto risco. O teste pode
ser realizado em uma amostra de sangue periférico
materno, simplificando o pré-natal. No entanto, ainda há poucos estudos
comparando o teste cfDNA com a triagem padrão durante o primeiro
trimestre de gestação em populações pré-natais de rotina.
Neste estudo
multicêntrico, prospectivo, publicado pelo The
New England Journal of Medicine (NEJM), conduzido em 35 centros
internacionais, pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco
atribuíram as mulheres grávidas que apresentam aneuploidia
na triagem entre 10 a 14 semanas de gestação, a fazer tanto a triagem padrão
(com a medida da translucência nucal e análises bioquímicas) quanto o teste
cfDNA. As participantes receberam os resultados do rastreio padrão; os
resultados dos testes cfDNA foram cegos. A determinação do resultado ao
nascimento foi baseada em testes genéticos de diagnóstico
ou no exame do recém-nascido. O desfecho primário foi a área sob a curva ROC
(AUC) para a trissomia 21 (síndrome de Down)
testando com o cfDNA versus triagem padrão. Também foram
avaliadas as trissomias 18 e 13 com o cfDNA versus triagem padrão.
De 18.955
mulheres que foram inscritas, os resultados de 15.841 estavam disponíveis para
análise. A idade materna média foi de 30,7 anos, sendo a idade gestacional
média no teste de 12,5 semanas. A AUC para a trissomia 21 foi de 0,999 para o teste cfDNA e 0,958
para a seleção padrão (p=0,001). A trissomia 21 foi detectada em 38 de 38
mulheres no grupo do teste cfDNA, em comparação com 30 de 38 mulheres no
grupo da triagem padrão (p=0,008). As taxas de falsos positivos foram 0,06% no
grupo cfDNA e 5,4% no grupo da triagem padrão (p<0,001). O valor preditivo
positivo para o teste cfDNA foi de 80,9% em comparação com 3,4% para a
triagem padrão (p<0,001).
As conclusões
mostram que nesta população de triagem pré-natal de rotina os testes cfDNA
de trissomia 21 tiveram maior sensibilidade, uma taxa inferior
de falsos positivos e maior valor preditivo positivo do que a triagem padrão
com a medida da translucência nucal e análises bioquímicas.
Fonte:
NEWS MED
DATA:
07/04/2015
REFERÊNCIAS:
Disponível
em:
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