Mais de 43 mil pacientes já estão sendo medicados
com o Heberprot-P, uma nova droga criada em Cuba que promete reduzir em até 80%
o risco de amputação dos pés de pacientes diabéticos, segundo as autoridades
cubanas de saúde.
De acordo com a Fundação Mundial de Diabetes, cerca
de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem com a doença. E mais de metade dos
pacientes não conseguem manter seus níveis de glicose sob controle, aumentando
o risco de complicações, tais como cegueira, insuficiência renal e amputações.
A cada ano, entre 15% e 30% dos pacientes que
apresentam úlcera do pé diabético (DFU) — uma ferida crônica no pé que ocorre
em decorrência a uma complicação da doença — precisam amputar o membro
inferior, geralmente afetado por infecção e gangrena.
O Heberprot-B é um medicamento injetável, criado no
Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), em Havana, que começou a
ser aplicado maciçamente no sistema de saúde cubano em 2007, como parte de um
programa de assistência primária aos pacientes com úlcera diabética.
Durante 2015, o sistema de saúde cubano tem
prestado assistência a 6.859 pacientes utilizando a nova droga, que é
administrada por injeção intralesional para acelerar a cicatrização de úlceras
profundas e complexas, tanto neuropáticas quanto isquêmicas. O tratamento é
feito durante dois meses, com três aplicações semanais de injeção diretamente
no local da ferida. Desde que o novo medicamento começou a ser utilizado em
Cuba, os casos de amputação de pés de pacientes com úlceras diabéticas foram
reduzidos em mais de 80%.
As úlceras diabéticas seguidas de amputação são
complicações muito temidas pelos pacientes, já que mais de 50% dos doentes que
sofrem com esse problema não costuma ter mais de cinco anos de vida. O
Heberprot-P tem como ingrediente ativo o fator de crescimento humano
recombinante, e a eficácia do produto foi demonstrada em um estudo com mais de
4 mil pacientes.
Fonte:
CRF-PA (Conselho Federal de Farmácia-Pará)
DATA:
17/08/2015
REFERÊNCIA:
Disponível
em:
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