terça-feira, 29 de outubro de 2013

Estudo aponta que doenças cardiovasculares matam seis vezes mais que o câncer de mama ou ginecológico

      Trezentas mil pessoas, entre homens e mulheres, morrem por ano no Brasil devido às doenças cardiovasculares. O número equivale a 820 pessoas por dia, 34 por hora e uma a cada dois minutos. O estudo alerta ainda que, de acordo com a Universidade Columbia, dos Estados Unidos, a taxa de mortalidade entre brasileiros deverá crescer 250% do ano 2000 até 2040. Esses dados compõem uma pesquisa realizada pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), em parceria com a Editora Abril, apresentada no dia 23, durante o evento "Sinta seu coração - o mais completo retrato do coração das brasileiras", no Teatro Santa Cruz, em São Paulo. No total foram entrevistadas 5.318 mulheres no País.
       Os números revelam que 90% dos problemas de saúde estão relacionados ao estilo de vida, baixo consumo de frutas e vegetais, exagero na ingestão de bebidas alcoólicas, tabagismo, peso e medida da cintura acima do ideal e falta de controle da pressão e do colesterol e "somente 10% das causas dizem respeito à origem genética", informa a Socesp.
       Segundo a Socesp, enquanto as campanhas sobre o câncer de mama e do colo do útero vêm surtindo efeito favorável, os dados oficiais das sociedades médicas mostram que as doenças cardiovasculares matam seis vezes mais que o câncer de mama ou ginecológico.
        Com isso, vem à importância dessa pesquisa que busca contribuir, de maneira efetiva, no trabalho de prevenção junto aos profissionais do setor de saúde e, consequentemente, diminuir os riscos da doença cardiovasculares no Brasil.

FONTE: CRF-SP (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DE SÃO PAULO)
Data: 29/10/2013

REFERÊNCIA
http://portal.crfsp.org.br/noticias/4727-riscos-cardiovasculares.html

EUA vão aumentar controle sobre venda de analgésicos

           A FDA agência reguladora de medicamentos dos EUA anunciou ontem a recomendação para que haja maior controle sobre a venda de um dos analgésicos mais vendidos naquele país.
             A mudança vem após anos de debate sobre a restrição às vendas de remédios que combinam o opióide hidrocodona e o paracetamol, como o Vicodin. Os opióides podem trazer risco de dependência.
            No Brasil, não há remédios com hidrocodona, mas segundo o médico Manoel Jacobsen, chefe do grupo de dor do Hospital das Clínicas de São Paulo, aqui são vendidos outros medicamentos que também associam um tipo de opióide fraco com um analgésico comum, caso da combinação da codeína com o paracetamol.
             Nos EUA, esse tipo de remédio é vendido com receita que pode ter validade de até seis meses - o paciente pode comprar o remédio na farmácia com a mesma prescrição por todo esse período sem ter que ir ao médico de novo.
Segundo a nova norma, que ainda precisa ser aprovada pelo Departamento de Saúde, o prazo de validade da receita cairia para 90 dias.
         No Brasil, remédios desse tipo são vendidos com receita controlada carbonada com validade de 30 dias.
           DIFICULDADES
             A FDA resistiu por anos em tomar essa medida alegando que a validade mais curta da receita criaria dificuldades para os pacientes, que teriam de ir mais vezes ao médico. Mas agora a agência diz que o impacto do abuso dos medicamentos na saúde pública chegou ao limite.
Segundo Janet Woodcock, diretora do centro de avaliação de drogas da FDA, as novas regras podem começar a valer no próximo ano.
           "A razão pela qual aprovamos esses remédios é a dor das pessoas, mas não podemos ignorar a epidemia do outro lado."
        A preocupação com o número cada vez maior de overdoses com analgésicos nos EUA vem crescendo junto com o uso desses remédios na última década.
            Em 2011, foram escritas 131 milhões de receitas de remédios com hidrocodona para cerca de 47 milhões de pacientes, segundo dados do governo.
             De acordo com Jacobsen, no Brasil não há um problema tão grande com dependência de opióides como nos EUA, mas é preciso acompanhar os pacientes que usam esses remédios para detectar o risco de abuso.
            A indicação da combinação de opióide com analgésicos comuns, como paracetamol e dipirona, é necessária para pacientes com dores mais fortes, que precisariam de doses mais altas do que as recomendadas se fossem tomar os analgésicos sozinhos.
            Doses maiores do que 3 g por dia de paracetamol, por exemplo, podem causar danos ao fígado. Um levantamento recente divulgado pela organização americana sem fins lucrativos Pro Publica mostrou que 150 americanos morreram por ano na última década por uso excessivo de paracetamol.
           Jacobsen também lembra que o uso contínuo de antiinflamatórios, outra alternativa para reduzir a dor, pode causar problemas cardíacos. "Os opióides são importantes. Se usados conforme a prescrição, o risco de dependência é baixo.”

FONTE: CFF (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA)
Data: 29/10/2013

REFERÊNCIA

http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1416&titulo=EUA+v%C3%A3o+aumentar+controle+sobre+venda+de+analg%C3%A9sicos

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Anvisa isenta a necessidade de retenção de receita e escrituração de medicamentos de uso tópico contendo neomicina

A ANVISA publicou em seu portal a atualização da Nota Técnica sobre a RDC 20/2011. Nesta atualização foram incluídos mais três itens, que isentou a necessidade de retenção de receita e escrituração de medicamentos de uso tópico contendo neomicina, além de esclarecer os dados mínimos de identificação do emitente da prescrição.

Veja a publicação:
Nota Técnica sobre a RDC nº 20/2011
17 de outubro de 2013

A última versão da Nota Técnica sobre a RDC nº 20/2011, que havia sido publicada em outubro de 2011 foi atualizada e está disponível no campo “Legislação” do hotsite do SNGPC. A atualização apresenta a justificativa técnica para a isenção de retenção de receita e escrituração de medicamentos contendo neomicina (uso tópico), além de esclarecer os dados mínimos de identificação do emitente da prescrição. Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC

1.10. Da isenção da necessidade de retenção de receita e escrituração de medicamentos de uso tópico contendo neomicina
         Segundo o Art. 1º da RDC nº 20/2011, a retenção de receita e escrituração no SNGPC é necessária para os medicamentos que estejam listados no Anexo I da resolução (Lista de antimicrobianos registrados na Anvisa) e que sejam de venda sob prescrição médica (com tarja / faixa vermelha).
        Entretanto, de acordo com a RDC nº 138/2003, que dispõe sobre o enquadramento na categoria de venda de medicamentos, os produtos a base de neomicina ou neomicina associada com bacitracina (com indicação terapêutica para infecções de pele) são enquadrados como medicamentos isentos de prescrição, desta forma, não é necessária sua retenção de receita e escrituração no SNGPC.
       Algumas marcas destes medicamentos são encontradas no mercado ainda com a tarja vermelha na embalagem. Entretanto, sua adequação está prevista para o momento da renovação do registro do medicamento junto à Anvisa, que ocorre a cada 5 anos.
       Também são registrados medicamentos contendo sulfato de neomicina associado a outros fármacos, como glicocorticoides. Nestes casos, estes medicamentos são enquadrados na categoria de venda sob prescrição, devido à presença do glicocorticóide e não do sulfato de neomicina (antimicrobiano). Portanto, estes medicamentos necessitam que a dispensação seja feita sob prescrição médica, não sendo necessário, porém, a retenção e escrituração destas receitas.   
          Desta forma, a partir desta nota técnica, as farmácias e drogarias ficam desobrigadas a exigir receita médica em 2 vias, não sendo necessária a retenção de receita e escrituração das dispensações de medicamentos de uso tópico contendo como princípio ativo a neomicina ou seus sais.

1.11. Da identificação do emitente da prescrição
    Segundo o Art. 5º da RDC nº 20/2011, a prescrição deve apresentar a identificação do emitente (prescritor):
      Identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional ou nome da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo)
      O entendimento técnico da norma é o de que não é necessário constar, obrigatoriamente, o endereço completo e telefone da instituição, uma vez que nem sempre o prescritor está vinculado a uma instituição.
        A prescrição deve identificar quem é o responsável por ela, com seu nome, assinatura e informação do número de inscrição no seu respectivo Conselho Regional, sendo que estes dados não precisam ser apostos na receita na forma de carimbo, ou seja, podem ser dados já presentes em papel timbrado.

1.12. Erro de acesso ao SNGPC no momento da verificação do usuário
        Algumas empresas estão encontrando um erro no acesso do responsável técnico, mesmo estando tudo correto com seu cadastro e atribuição de perfil no SNGPC. Este erro no acesso está ocorrendo pontualmente com algumas empresas e a área de informática da Anvisa está trabalhando na sua solução.
        O erro é percebido quando o RT tenta acessar o SNGPC e aparece a mensagem:

“NÃO FOI POSSÍVEL AUTENTICAR GESTOR / USUÁRIO, POSSÍVEIS PROBLEMAS: EMAIL NÃO CONSTA NO BANCO DE DADO DA ANVISA.....”

        Uma vez que essa negação de acesso ocorre por erro na base de dados da Anvisa ao validar os dados do usuário, lembramos que de acordo com o Art. 6º da Instrução Normativa nº 11/2007 o estabelecimento não deve ser autuado devido à falta de escrituração no SNGPC caso o problema seja decorrente de dificuldades técnicas devido à falhas no sistema mantido pela Anvisa.
      Entretanto, é importante que o farmacêutico entre em contato com a Anvisa e guarde o número de registro do protocolo para apresentação em caso de fiscalização. 

FONTE: CRF-SP (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA - SÃO PAULO)
Data: 22/09/2013

REFERÊNCIA

http://portal.crfsp.org.br/noticias/4707-rdc-202011.html

http://www.anvisa.gov.br/sngpc/documentos%202013/Nota_Tecnica_RDC_n_20_2011_24_09_2013.pdf

Rastreabilidade de medicamentos

     A redução de erros proporcionada por um sistema inteligente reflete diretamente na segurança dos pacientes, pois é possível reduzir sensivelmente a interferência humana nos processos de checagem e captura de informações do medicamento no sistema. Isso acontece porque, graças à rastreabilidade, é possível acompanhar o processo de recebimento do medicamento até a administração ao paciente.
      Os ganhos vão além. É possível diminuir os custos da operação ao reduzir retrabalho, como eliminar o processo de etiquetagem interna, já que a impressão é feita pelo fabricante. O mesmo acontece em relação às perdas por vencimento, que passam a ser controladas graças ao acompanhamento das datas de validade pelo sistema de gerenciamento de rastreabilidade.
    Cada vez mais hospitais e laboratórios farmacêuticos buscam a excelência no atendimento, adotam padrões globais e tecnologias para automatizar seus processos como, por exemplo, a separação de medicamentos. E é o código de barras, tão conhecido dos brasileiros na hora das compras, que desempenha esse papel fundamental.
      A nova simbologia é usada desde o recebimento do medicamento até seu descarte. A antiga metodologia da impressão interna das etiquetas contendo informações sobre a data de validade e número de lote foi substituída pela leitura do GS1 DataMatrix, impresso pela indústria farmacêutica em dose unitária, sem intervenção humana acerca das informações importantes referentes ao medicamento.
          Não há estatísticas oficiais no Brasil, mas, segundo o Institute of Medicine dos Estados Unidos, mais de sete mil pessoas morrem anualmente e outros 1,5 milhão de pessoas sofrem graves danos por erros de medicação no País. O prejuízo financeiro chega a US$ 3,5 bilhões, de acordo com o estudo Preventing Medication Errors.

FONTE: CFF (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA)
Data: 22/09/2013

REFERÊNCIA
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1397&titulo=Rastreabilidade+de+medicamentos

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Anvisa divulga composição da vacina contra gripe de 2014

      A Anvisa divulgou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 46/2013, que trata sobre as determinações que deverão ser adotadas para as vacinas da gripe que serão utilizadas no Brasil em 2014.
         A composição da vacina contra a gripe é atualizada a cada ano, de acordo com os vírus circulantes, para garantir a eficácia do produto. A resolução está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o Hemisfério Sul.
          As vacinas influenza trivalentes, que começarão a ser utilizadas no Brasil a partir de fevereiro de 2014 deverão conter, obrigatoriamente, três tipos de cepas de vírus em combinação: um vírus similar ao vírus influenza A/California/7/2009 (H1N1)pdm09, um vírus similar ao vírus influenza A/Texas/50/2012 (H3N2) e um vírus similar ao vírus influenza B/Massachusetts/2/2012.
         Já as vacinas influenza quadrivalentes deverão conter os três vírus descritos anteriormente e um vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008. É importante salientar que as cepas A/Christchurch/16/2010 são similares às cepas de vírus A/California/7/2009.
         Somente poderão ser produzidas, comercializadas ou utilizadas as vacinas influenza que estiverem de acordo com as determinações e nas composições específicas descritas na RDC. Ainda de acordo com a Resolução, é proibida a utilização de quaisquer outras cepas de vírus em vacinas da gripe
no país. As vacinas atualmente comercializadas ou fabricadas fora destas determinações deverão ser retiradas do mercado.
           A RDC nº46/2013 está no Diário Oficial da União (DOU).

FONTE: ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA)
Data: 21/09/2013

REFERÊNCIA
http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2013+noticias/anvisa+divulga+composicao+da+vacina+contra+gripe+de+2014

Tylenol causa 150 mortes por ano nos EUA, diz ONG

     Um levantamento feito pela organização sem fins lucrativos Pro Publica, dos EUA, mostra que, de 2001 a 2010, cerca de 150 americanos morreram por ano por intoxicação após o consumo de paracetamol, princípio ativo do analgésico Tylenol.
    Segundo a Pro Publica, que consultou dados dos CDCs (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), essas mortes ocorreram por ingestão acidental de doses maiores do que as recomendadas na bula.
     O problema, diz a organização, é que a diferença entre a dose máxima por dia para adultos (4 g) e a quantidade que pode causar danos ao fígado é pequena, facilitando a overdose acidental.
    Outro problema é que a FDA (agência reguladora de remédios nos EUA) demorou muito para incluir na bula alertas importantes sobre o uso da droga, em especial para pessoas que bebem álcool regularmente ou tomam outros remédios.
           FÍGADO
       O paracetamol é metabolizado no fígado. Em caso de doses excessivas ou de pessoas desnutridas, que bebam álcool regularmente ou que tomem outros remédios, esse metabolismo produz uma substância tóxica que pode levar à falência hepática.
     No Brasil, segundo o hepatologista Raymundo Paraná, não há dados sólidos sobre intoxicações por paracetamol, mas a Sociedade Brasileira de Hepatologia está iniciando um estudo em oito centros de referência para doenças do fígado e em uma unidade básica de saúde para medir sua ocorrência.
       O hepatologista, que é professor da faculdade de medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia), afirma que a dose máxima do remédio deveria ser reduzida de 4 g por dia para 3 g.
       "É uma droga segura, mas se usada no limite terapêutico. Até 3 g por dia não causa problemas. Entre 3 g e 4 g já houve casos [de intoxicação] em pacientes que usavam outras medicações."
       Ele destaca que o efeito colateral causado pelo paracetamol é previsível e proporcional à dose tomada, diferentemente dos problemas que podem ocorrer com o uso do analgésico que encabeça a lista dos remédios mais vendidos no Brasil, a dipirona.
      A droga já foi ligada a um problema raro que leva a medula óssea a parar de produzir células de defesa. Nos EUA e em alguns países da Europa, a dipirona não é vendida.
     Já para Aurélio Saez, diretor de relações institucionais da Abimip (associação de fabricantes de remédios isentos de prescrição), o fato de o Brasil e outros países onde a dipirona é vendida não terem números tão grandes de intoxicação por paracetamol fala a favor da dipirona.
    Mas ele lembra que nos EUA e em outros países com altas taxas de intoxicação por paracetamol, é comum o uso desse remédio em tentativas de suicídio.
            OUTRO LADO
       Em nota, a Johnson&Johnson, fabricante do Tylenol, afirma que, quando usado de acordo com a bula, o paracetamol tem "um dos melhores perfis de segurança entre os analgésicos isentos de prescrição". Mas, como qualquer remédio, pode trazer riscos acima das doses recomendadas. "Os consumidores devem sempre ler a bula, não ingerir mais do que a dose recomendada e seguir sempre a orientação de um médico."
       À Pro Publica, a FDA admitiu que houve demora em acrescentar alertas às bulas do Tylenol, mas que isso foi feito conforme a evolução das evidências científicas.

FONTE: CFF (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA)
Data: 19/10/2013

REFERÊNCIAS

 http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1390&titulo=Tylenol+causa+150+mortes+por+ano+nos+EUA%2C+diz+ONG

 http://www.propublica.org/article/tylenol-mcneil-fda-use-only-as-directed

 http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/10/1357781-tylenol-causa-150-mortes-por-ano-nos-eua-diz-ong.shtml

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Efeito da talidomida pode ter sido mais amplo do que se supunha, diz pesquisador

        Como resultado, em vários países, indivíduos que nasceram com deficiências físicas e tiveram recusados seus pedidos de indenização estão agora exigindo que seus casos sejam reconsiderados.
    Criada pela companhia farmacêutica alemã Grunenthal, a talidomida começou a ser vendida em 1957, inicialmente como um sedativo leve. Depois, passou a ser receitada a mulheres grávidas, para combater o enjoo. Em 1961, já havia ficado claro que o remédio estava levando ao nascimento de bebês com problemas de formação graves, como o encurtamento de braços e pernas. Ainda em 1961, a droga foi retirada do mercado em vários países.
     Segundo números oficiais, cerca de 10 mil pessoas em todo o mundo nasceram com más-formações provocadas pela talidomida. Acredita-se que muitas mortes ocorreram ainda no útero. Hoje, a talidomida ainda é utilizada para tratar a hanseníase (lepra) e o mieloma múltiplo (um tipo de câncer).
         No Brasil - segundo país do mundo em casos de hanseníase, superado apenas pela Índia - milhões de comprimidos da droga são consumidos por milhares de pacientes. Recentemente, um estudo brasileiro vinculou 100 casos de bebês nascidos com deformidades à ingestão de talidomida.
         Nova Pesquisa
     Em 1973, na Grã-Bretanha, após longas batalhas em tribunais, os distribuidores britânicos da Talidomida - a empresa Distillers - concordaram em compensar financeiramente as vítimas. O Thalidomide Trust foi criado e mais de 400 crianças foram beneficiadas. No entanto, os critérios para a
determinação dos casos que se qualificam para receber indenizações são, na opinião de alguns, inapropriados.
    Muitos indivíduos que nasceram com deformidades mas foram excluídos do grupo que recebe ajuda financeira para conviver com suas deficiências acompanham com atenção os estudos do pesquisador Neil Vergesson, da University of Aberdeen, Escócia.
    Vergesson vem observando os efeitos da talidomida no desenvolvimento de embriões de pintinhos e peixes. No passado, o especialista escreveu relatórios para advogados que representavam alguns dos pacientes excluídos da lista oficial de vítimas.
     Na década de 1960, especialistas decidiram que os fetos eram afetados pela droga durante um período muito curto da gestação - entre o vigésimo e o trigésimo sexto dia após a concepção. Vargesson questiona essa teoria. E afirma também que a droga afeta indivíduos de maneiras diferentes. "Esse intervalo de tempo (durante o qual o feto seria sensível à droga) foi baseado em entrevistas com pais de crianças seriamente afetadas e está relacionado a danos externos e danos internos graves", disse.
    E acrescentou: "Tendo em vista a diversidade dos danos em sobreviventes da talidomida e estudos em animais que mostram que em uma mesma ninhada cada feto é danificado de forma diferente, está claro para mim que a droga age de maneira diferente em cada indivíduo e embrião".
    Para Vergesson, é possível que a talidomida provoque uma gama mais ampla de danos do que se imaginava. No entanto, ele admite que é difícil saber com exatidão que danos são esses. "Jamais saberemos a gama verdadeira (de efeitos da droga), é tão difícil voltar 55 anos e dizer, bem, vamos dar uma olhada nessas pessoas, porque na maioria dos casos, nem sabemos quem são essas pessoas".
      O trabalho de Vergesson é polêmico e há especialistas que discordam de suas conclusões. Para alguns, porém, as pesquisas do especialista oferecem alguma possibilidade de justiça.
           Injustiça?
   O britânico Gary Grayson, da cidade inglesa de Ipswich, nasceu em 1961. Suas pernas tinham deformidades graves e foram amputadas antes de ele completar dois anos de idade. Poucos meses depois, ele passou a usar pernas artificiais. A mãe de Grayson tomou talidomida, mas ele nunca recebeu qualquer indenização. Médicos do Thalidomide Trust disseram que as deformidades que Grayson apresentava não eram típicas da talidomida.
      Ele não deixou que a deficiência atrasasse seu desenvolvimento e se saía bem na escola. Hoje, casado e pai de família, trabalha no Ministério da Defesa britânico. "Na minha juventude, nunca me considerei uma vítima".
     Mas agora, depois de investigar mais a fundo seu próprio histórico médico, ele acha que tem provas suficientes para brigar na Justiça por uma indenização.
          Indenizações
     Várias firmas de advocacia vêm cuidando do caso de Grayson e de outras supostas vítimas - muitas delas britânicas. O grupo se autodenomina Thalidomiders.
      Em outros países, há mais processos estão em andamento. Na Espanha, 185 pessoas estão levando o fabricante alemão Grunenthal para o tribunal. Elas nunca receberam qualquer indenização da empresa.
      No ano passado, na Austrália, os distribuidores da droga concordaram em indenizar uma vítima, Lynette Rowe, de 50 anos. Mais casos são esperados ainda neste ano.
    No Brasil, vítimas da talidomida ganharam direito a indenizações pelo governo brasileiro em 2010. O governo foi responsabilizado porque, ao contrário de outros países, que retiraram a droga de circulação em 1961, o Brasil só suspendeu o uso do medicamento quatro anos depois. Segundo estimativas de 2010, 650 brasileiros se qualificavam para receber compensação financeira.

FONTE: CFF (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA)
Data: 16/10/2013

REFERÊNCIA
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1386&titulo=Efeito+da+talidomida+pode+ter+sido+mais+amplo+do+que+se+supunha%2C+diz+pesquisador

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Anvisa suspende medicamento e anuncia recolhimento

        A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da distribuição, comércio e uso, em todo o País, dos lotes BLXCB3003A e BLXCB3006A do medicamento genérico Cefalexina (cápsula de 500 mg), fabricado pela empresa Aurobindo Pharma Indústria Farmacêutica Ltda. Os lotes em questão apresentaram resultados insatisfatórios no ensaio de aspecto.
      Também foram suspensas todas as propagandas que atribuam propriedades não estabelecidas pela Legislação Sanitária, divulgadas em todo e qualquer tipo de mídia, relativo ao alimento Shot B (produto multivitamínico a base de guaraná) fabricado pela empresa Arte Nativo Produtos Naturais.
        As propagandas estavam fazendo indicações não aprovadas pela Anvisa e que podem induzir o consumidor a engano em relação a verdadeira natureza deste alimento.
          Recolhimento voluntário
       A Anvisa também deu publicidade ao recolhimento voluntário do produto Absorvente Interno com Aplicador Intimus e Intimus Evolution, fabricados pela empresa Kimberly-Clark Indústria e Comércio de Produtos de Higiene entre janeiro de 2011 e março de 2013. Ficam suspensas a distribuição, comércio e uso das unidades dos produtos citados. A medida se deve pelo produto apresentar desvio de qualidade em seus aplicadores.

FONTE: CFF (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA)
Data: 16/10/2013

REFERÊNCIA
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1384&titulo=Anvisa+suspende+medicamento+e+anuncia+recolhimento

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Nova descoberta pode levar a cura de Alzheimer

      A descoberta da primeira substância química capaz de prevenir a morte do tecido cerebral em uma doença que causa degeneração dos neurônios foi aclamada como um momento histórico e empolgante para o esforço científico. Ainda é necessário maior investigação para desenvolver uma droga que possa ser usada por doentes. Mas os cientistas dizem que um medicamento feito a partir da substância poderia tratar doenças como Alzheimer, Mal de Parkinson, Doença de Huntington, entre outras.
     Em testes feitos com camundongos, a Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, mostrou que a substância pode prevenir a morte das células cerebrais causada por doenças priônicas, que podem atingir o sistema nervoso tanto de humanos como de animais. A equipe do Conselho de Pesquisa Médica da Unidade de Toxicologia da universidade focou nos mecanismos naturais de defesa formados em células cerebrais. Quando um vírus atinge uma célula do cérebro o resultado é um acúmulo de proteínas virais. As células reagem fechando toda a produção de proteínas, a fim de deter a disseminação do vírus. No entanto, muitas doenças neurodegenerativas implicam na produção de proteínas defeituosas ou "deformadas". Estas ativam as mesmas defesas, mas com consequências mais graves.
    As proteínas deformadas permanecem por um longo tempo, resultando no desligamento total da produção de proteína pelas células do cérebro, levando a morte destas. Este processo, que acontece repetidamente em neurônios por todo o cérebro, pode destruir o movimento ou a memória, ou até mesmo matar, dependendo da doença.
       "Extraordinário" - Acredita-se que este processo aconteça em muitas formas de neurodegeneração, por isso, interferir este processo de modo seguro pode resultar no tratamento de muitas doenças. Os pesquisadores usaram um composto que impediu os mecanismos de defesa de se manifestarem, e por sua vez interrompeu o processo de degeneração dos neurônios.
      O estudo, divulgado na publicação científica Science Translational Medicine, mostrou que camundongos com doença de príon desenvolveram problemas graves de memória e de movimento. Eles morreram em um período de 12 semanas. No entanto, aqueles que receberam o composto não mostraram qualquer sinal de tecido cerebral sendo destruído.
   A coordenadora da pesquisa, Giovanna Mallucci, disse à BBC: "Eles estavam muito bem, foi extraordinário." "O que é realmente animador é que pela primeira vez um composto impediu completamente a degeneração dos neurônios." "Este não é o composto que você usaria em pessoas, mas isso significa que podemos fazê-lo, e já é um começo", disse Mallucci. Ela disse que o composto oferece um "novo caminho que pode muito bem resultar em drogas de proteção" e o próximo passo seria empresas farmacêuticas desenvolverem um medicamento para uso em seres humanos.
      O laboratório de Mallucci também está testando o composto em outras formas de neurodegeneração em camundongos, mas os resultados ainda não foram publicados. Os efeitos colaterais são um problema. O composto também atuou no pâncreas, ou seja, os camundongos desenvolveram uma forma leve de diabetes e perda de peso. Qualquer medicamento humano precisará agir apenas sobre o cérebro. No entanto, o composto dá aos cientistas e empresas farmacêuticas um ponto de partida.
       Estudo de referência
       Comentando a pesquisa, Roger Morris da King’s College London, disse: "Esta descoberta, eu suspeito, será julgada pela história como um acontecimento importante na busca de medicamentos para controlar e prevenir o Alzheimer." Ele disse à BBC que uma cura para a doença de Alzheimer não era iminente, mas disse que está "muito animado, pois é o primeiro teste feito em um animal vivo que prova ser possível retardar a degeneração de neurônios." "O mundo não vai mudar amanhã, mas este é um estudo de referência."
      David Allsop, professor de neurociência da Universidade de Lancaster descreveu os resultados como "muito impressionante e encorajador", mas advertiu que era necessário mais pesquisas para ver como as descobertas se aplicam a doenças como Alzheimer e Parkinson .
      Eric Karran, diretor de pesquisa da organização sem fins lucrativos Alzheimer’s Research UK, disse: "Focar em um mecanismo relevante para uma série de doenças neurodegenerativas poderia render um único medicamento com benefícios de grande alcance, mas este composto ainda está em uma fase inicial.” "É importante que estes resultados sejam repetidos e testados em outras doenças neurodegenerativas, incluindo o mal de Alzheimer."

FONTE: CFF (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA)
Data: 14/10/2013

REFERÊNCIA
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1371&titulo=Nova+descoberta+pode+levar+a+cura+de+Alzheimer

Primeira vacina contra malária pode entrar no mercado a partir de 2014

 A fabricante de medicamentos britânica GlaxoSmithKline buscará aprovação para comercializar a primeira vacina de malária do mundo no ano que vem, depois que dados de testes mostraram que a vacina reduziu de maneira significante os casos da doença em crianças na África.
      A vacina conhecida como "RTS,S" cortou quase pela metade o número de casos de malária em crianças pequenas. Os participantes do teste foram acompanhados por 18 meses. O produto também reduziu em cerca de um quarto o número de casos de malária em bebês.
       "Com base nestes dados, a GSK agora pretende enviar, em 2014, um pedido regulatório à Agência Europeia de Medicamentos (EMA)", disse a GSK, que vem desenvolvendo a vacina há três décadas, em uma declaração à imprensa.
        A empresa complementou que a Organização Mundial da Saúde (OMS), que tem sede em Genebra, já indicou que recomendará o uso da vacina RTS,S a partir de 2015 se as autoridades regulatórias da EMA apoiarem seu pedido de licença.
      Expectativas de que a RTS,S seria, no entanto, a resposta final à doença foram refreadas no ano passado depois que um estudo de estágio final com 6.537 bebês com idades entre seis e 12 semanas mostrou que a vacina oferecia apenas uma proteção modesta, reduzindo os episódios da doença em 30% em comparação à imunização com uma vacina de controle.

FONTE: CFF (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA)
DATA: 10/10/2013

REFERÊNCIA
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1366&titulo=Primeira+vacina+contra+mal%C3%A1ria+pode+entrar+no+mercado+a+partir+de+2014


Cientistas usam remédio contra pressão alta para combater o câncer

   LONDRES - Um medicamento usado para controlar a pressão arterial poderia ajudar a aumentar a expectativa de vida contra o câncer. Após testes bem-sucedidos em camundongos, os médicos planejam dar losartan a pacientes com câncer do pâncreas, um dos mais preocupantes tipos de tumor, segundo um artigo da “Nature Communications”.
    Pesquisadores do Hospital de Massachusetts estão recrutando voluntários com câncer de pâncreas para testar a combinação da nova droga com quimioterapia. Embora o tratamento não os cure, os pesquisadores esperam que ele garanta mais meses ou anos de vida.
        O losartan vem sendo usado por mais de uma década como um medicamento para controlar a pressão arterial. Ele funciona por fazer os vasos sanguíneos relaxarem ou dilatarem, de modo que eles possam carregar mais sangue, aliviando a pressão.
        A equipe de Massachusetts descobriu que a droga é benéfica em camundongos com câncer de mama e pâncreas. Ela melhorou o fluxo de sangue em volta dos tumores permitindo que a quimioterapia atingisse mais precisamente o seu alvo. Os roedores que receberam o remédio sobreviveram por mais tempo.
        - Este é um estudo interessante em camundongos que lança luz sobre por que drogas para hipertensão podem melhorar a eficiência da quimioterapia, mas nós ainda não sabemos se elas funcionam exatamente da mesma forma em pessoas - afirmou à BBC a pesquisadora Emma Smith, do Centro de Pesquisa de Câncer do Reino Unido.

FONTE: CFF (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA)
DATA: 10/10/2013

REFERÊNCIA
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1368&titulo=Cientistas+usam+rem%C3%A9dio+contra+press%C3%A3o+alta+para+combater+o+c%C3%A2ncer++

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

FDA: Duavee é aprovado para tratar sintomas da menopausa e prevenir a osteoporose

      A Food and Drug Administration (FDA) aprovou uma medicação à base de estrogênio conjugado e bazedoxifeno, o Duavee, para tratar mulheres com sintomas vasomotores moderados a graves associados à menopausa, bem como prevenir a osteoporose pós-menopausa.
   A nova medicação (Duavee, da Wyeth Pharmaceuticals, uma divisão da Pfizer) é a primeira a combinar estrogênios conjugados com o bazedoxifeno. O bazedoxifeno reduz o risco de hiperplasia do endométrio, um possível precursor do câncer associado ao componente de estrogênio do medicamento. A combinação de estrogênios conjugados e bazedoxifeno está indicada apenas para as mulheres na pós-menopausa que ainda têm útero, de acordo com a FDA.
        O bazedoxifeno é um medicamento que, tal como o tamoxifeno, pertence a uma classe de fármacos conhecidos como moduladores seletivos de receptores estrogênicos (SERMs). Sabe-se que estas drogas têm a capacidade de se comportarem como estrogênio em alguns tecidos, enquanto bloqueiam significativamente a ação do estrogênio em outros tecidos. Mas, ao contrário do tamoxifeno, o bazedoxifeno tem algumas das propriedades de um grupo mais recente de medicamentos, conhecidos como degradadores seletivos de receptores estrogênicos, ou SERDs, o que pode ter como alvo a destruição de receptores de estrogênio.
        Em um comunicado à imprensa, a Pfizer observou que os fabricantes de medicamentos que produzem produtos de estrogênio para controlar os sintomas da pós-menopausa em mulheres com útero, tradicionalmente adicionam a progesterona para diminuir o risco de hiperplasia endometrial. Bazedoxifeno é um substituto da progestina no novo medicamento aprovado.
        A FDA aconselha os médicos a prescreverem a nova medicação "pela menor duração consistente com as metas e os riscos do tratamento", como fariam com qualquer outro produto contendo estrogênio. Eles também podem prescrever o fármaco apenas para prevenir a osteoporose. No entanto, essa indicação é apenas para mulheres que estão em um risco significativo de perda de massa óssea e os clínicos devem primeiro considerar alternativas que não contenham estrogênio.
         Espasmos musculares, náuseas, diarreia, dispepsia, dor abdominal superior, tonturas, dor de garganta e dor no pescoço foram os eventos adversos mais comuns observados em pacientes durante os ensaios clínicos. A droga, um comprimido tomado uma vez por dia, virá com o mesmo alerta nas bulas, bem como outras advertências e precauções que aparecem nos rótulos de produtos à base de estrogênio previamente aprovados.
       A previsão é que a medicação esteja disponível nos Estados Unidos, o primeiro país a aprovar tal medicamento, no primeiro trimestre de 2014.

REFERÊNCIA

NEWS.MED.BR, 2013. FDA: Duavee é aprovado para tratar sintomas da menopausa e prevenir a osteoporose. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/pharma-news/501695/fda-duavee-e-aprovado-para-tratar-sintomas-da-menopausa-e-prevenir-a-osteoporose.htm>. Acesso em: 9 out. 2013.

http://www.fda.gov/drugs/newsevents/ucm370679.htm

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Medicamentos podem comprometer a saúde no trânsito

Não há no Brasil estatísticas que demonstrem a quantidade de acidentes de trânsito que são causados pelo uso de medicamentos pelos motoristas. Segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, o Brasil está entre maiores consumidores de medicamentos do mundo. Mas, além dos malefícios que o uso indiscriminado de medicamentos traz para a saúde, outro aspecto deve ser levado em consideração: um simples analgésico ou um antigripal pode prejudicar o desempenho do motorista na direção segura. “Todo medicamento altera alguma coisa no organismo. Por isso, deve-se estar atento para o que é alterado mais frequentemente. Nos casos de medicamentos mais comuns, como analgésicos, antialérgicos e antigripais, se há chance de sonolência, isso deve ser avisado aos pacientes e consumidores” explica o médico do Instituto de Psiquiatria da USP, David de Barros. Ainda que as bulas apresentem todas as informações, o médico e diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Dirceu Rodrigues Alves Junior, alerta para os medicamentos que não restringem especificamente a direção de veículos ou o uso de outros equipamentos, mas que, mesmo assim, podem alterar a rapidez do raciocínio em tempo de resposta, visão, audição e outros sentidos necessários para condução de um automóvel. “Muitas vezes uma simples dipirona em um organismo sensível a este componente pode causar problemas de concentração e moleza no corpo. É preciso que seja feito um acompanhamento muito próximo e que o próprio consumidor analise sua situação antes de pegar um carro e dirigir”, complementa. policial", diz Modesto.

FONTE: CRF-RJ (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO RIO DE JANEIRO)
Data: 04/10/2013

REFERÊNCIA
http://www.crf-rj.org.br/crf/noticia/4017/medicamentos-podem-comprometer-a-saude-no-transito.htm

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Vacina brasileira contra dengue começa a ser testada no país em outubro

        O Instituto Butantan, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), inicia em outubro os testes em seres humanos de uma vacina contra a dengue. A vacina está sendo desenvolvida para combater, em uma única dose, os quatro tipos da doença já identificados no mundo. Segundo Alexander Precioso, diretor de Ensaios Clínicos do Butantan, nenhum outro país tem uma vacina como essa.
       A vacina começou a ser desenvolvida em 2006, juntamente com os institutos nacionais de Saúde dos Estados Unidos. Os vírus foram identificados no país norte-americano e, posteriormente, transferidos para o Butantan, em 2010.
      A técnica utiliza o chamado vírus atenuado. “Isso ignifica que o próprio vírus da dengue é modificado para que seja capaz de fazer com que as pessoas produzam anticorpos, mas sem desenvolver a doença”, explicou Precioso.
       Os cientistas já testaram a vacina em mais de 600 norte-americanos. “Os estudos lá mostraram que é uma vacina segura e que foi capaz de fazer com que as pessoas produzissem anticorpos contras os quatro vírus”, disse ele. O pesquisador explicou ainda que, nesses voluntários, não foram observados efeitos colaterais importantes, apenas dor e vermelhidão no local da aplicação, sensação comum para vacinas.
       Porém, como os Estados Unidos não são uma região endêmica para a dengue, nenhum voluntário que recebeu a imunização havia contraído a doença antes. No Brasil, os testes vão envolver também pessoas que já tiveram dengue.
      O cientista disse que, com base em estudos publicados no Sudoeste Asiático e nos Estados Unidos, pacientes com histórico de dengue poderão receber a imunização sem risco à saúde. “No início do desenvolvimento da vacina lá [nos Estados Unidos], algumas pessoas receberam vacina monovalente, só de um tipo, e depois outra dose de um vírus diferente, para ver se quem já tinha o passado de dengue correria risco”, explicou.
    Em uma primeira etapa dos testes brasileiros, que começam nesta semana, serão recrutados 50 voluntários da capital paulista, todos adultos saudáveis e que nunca tiveram dengue, com idade entre 18 e 59 anos, de ambos os sexos. Eles vão ser imunizados em duas doses, com intervalo de seis meses entre elas.
       A próxima etapa vai incluir pessoas com histórico de dengue e a vacina será aplicada em dose única. Serão 250 voluntários da capital paulista e da cidade de Ribeirão Preto, no interior do estado.
       “Nós trabalhamos com a hipótese de que ela [vacina] será trabalhada em uma dose, mas nos primeiros 50 voluntários serão duas doses”, disse Precioso. “Os resultados de lá [Estados Unidos] demonstraram que a vacina já atua apenas com uma dose. Como ela vai ser, pela primeira vez, utilizada em uma região endêmica de dengue, vamos avaliar os dois esquemas [uma ou duas doses] e os dois tipos de população [já tiveram ou nunca tiveram dengue]”, acrescentou.
        A terceira e última fase vai recrutar pessoas de diversas partes do país, de várias idades. “Ela vai gerar o resultado de que nós precisamos para solicitar o registro na Anvisa e, a partir daí, a vacina estará disponível”. A previsão dos pesquisadores é de que a vacina chegue à população em cinco anos.

FONTE: ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA)
Data: 02/10/2013

REFERÊNCIA

http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1329&titulo=Vacina+brasileira+contra+dengue+come%C3%A7a+a+ser+testada+no+pa%C3%ADs+em+outubro

Interação Medicamentosa


Suspensos lote de medicamento, esmalte e produto irregular


     A Anvisa determinou a suspensão da distribuição, comércio e uso, em todo o país, do lote 1119955 do medicamento Fenobarbital comprimidos 100mg, fabricado pela empresa União Química Farmacêutica Nacional em outubro de 2011 e com validade até outubro de 2013. O lote do produto citado apresentou resultado insatisfatório para o atributo aspecto e deverá ser recolhido do mercado. O medicamento é utilizado em tratamentos de epilepsia e crises convulsivas e tem outros substitutos no mercado.

      Também foi determinada a suspensão do todos os medicamentos fabricados pela empresa Lanusse C de Sousa, incluindo os medicamentos Flor da Índia, Maracujam, Menopalzam, Rinmax e Flor da Catingueira, todos da marca Méldica. Na embalagem dos produtos constam indicações terapêuticas, mas estes não tem registro na Anvisa para estas finalidades. A empresa fabricante também não possui autorização de funcionamento perante a Agência.
      Foram suspensos os esmaltes artesanais fabricados pela empresa Esmaltes da Kelly e comercializados através da internet. Os produtos não estão notificados na Anvisa e o fabricante não possui CNPJ nem autorização de funcionamento na Agência.
       Todas as resoluções estão publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

FONTE: ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA)
Data: 02/10/2013

REFERÊNCIA
http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2013+noticias/suspensos+lote+de+medicamento%2C+esmalte+e+produto+irregular