segunda-feira, 25 de maio de 2015

Vacina contra meningite B chega ao Brasil; dose custará a partir de R$ 340



A farmacêutica GSK lança nesta terça-feira (5) no Brasil uma nova vacina para prevenir a meningite bacteriana tipo B, imunização ainda não realizada na rede pública para combater o subtipo da doença.
Aprovada em janeiro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina chamada de Bexsero já é oferecida pela companhia nos Estados Unidos e na Europa.
Desenvolvida a partir de 1995, a medicação é recomendada principalmente para crianças com até 1 ano. Segundo a GSK, cada dose será oferecida às clínicas por R$ 340, mas o preço pode variar entre os estados brasileiros devido à tributação.
Segundo a empresa, bebês com idade entre 2 a 5 meses precisam tomar três doses. Em crianças com faixa etária entre 6 e 11 meses, a recomendação é de duas doses. Ambas as faixas etárias são classificadas como grupo prioritário. Já para quem tem mais de 1 ano e até 50 anos, a recomendação é de duas doses.
A GSK vai requerer ao Ministério da Saúde a incorporação do medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS). Caso seja aprovada, a vacina poderá integrar o calendário nacional de vacinação.
O que é a meningite?
As meninges são as membranas que envolvem todo o sistema nervoso central. A meningite ocorre quando há alguma inflamação desse revestimento, causado por micro-organismos, alergias a medicamentos, câncer e outros agentes.
Ela é transmitida quando pequenas gotas de saliva da pessoa infectada entram em contato com as mucosas do nariz ou da boca de um indivíduo saudável. Pode ser por meio de tosse, espirro ou pelo contato com barras de apoio dos ônibus, por exemplo.
Os principais sintomas da doença são dor de cabeça, febre e confusão mental. Nem sempre há rigidez na nuca, e o teste não pode ser feito por um leigo apenas ao baixar a cabeça – só um médico pode avaliar o quadro corretamente.
Sem previsão de incorporação
De acordo com o Ministério da Saúde, ainda não foi feito nenhum pedido de incorporação da vacina para prevenir a meningite B.
No entanto, quando isto ocorrer, o medicamento precisará ser analisado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), onde terão que ser comprovadas evidências clínicas consolidadas, eficácia, eficiência e custo-efetividade como produto de estratégia de saúde pública.
Atualmente fazem parte do calendário nacional de vacinação quatro vacinas que protegem contra a meningite: a BCG, em dose única aplicada ao nascer; a pentavalente, com doses aos dois, quatro e seis meses de vida; a meningocócica C, oferecida à criança aos três e cinco meses de idade; e a pneumocócica, recebida pelo bebê quando ele tem dois, quatro e seis meses de vida.
Segundo a pasta, em 2014 foram notificados 17 mil casos de meningite, de todos os tipos, sendo 146 do sorogrupo tipo B.


Fonte: G1


Fonte: CRF-PA ( Conselho Federal de Farmácia-Pará)
DATA: 05/05/2015

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Cientistas forçam vírus HIV a se expor às defesas do organismo



Embora os seguidos avanços dos medicamentos antirretrovirais estejam colocando o HIV, o vírus causador da Aids, na defensiva, evitando que boa parte dos soropositivos desenvolva a doença — e, em alguns casos, reduzindo a carga viral a ponto de não ser mais detectada por exames —, ele ainda consegue se “refugiar” no interior de algumas células do sistema imunológico, mantendose inativo, escapando do ataque dos remédios e das defesas do organismo. São os chamados “depósitos” do HIV, que, uma vez interrompido o tratamento, permitem que o vírus volte a se replicar, e configuram um dos principais obstáculos atuais na busca por uma cura definitiva da Aids. Agora, porém, cientistas no Canadá encontraram uma possível maneira de forçar o HIV a se “abrir” e se expor a esses ataques, em mais um passo nessa luta.
— Descobrimos que as pessoas infectadas com o HIV-1 (o principal subtipo do vírus, que afeta cerca de 35 milhões de pessoas no mundo) têm anticorpos naturais com o potencial de matar as células infectadas — conta Andrés Finzi, pesquisador da Universidade de Montreal e líder do estudo, publicado ontem no periódico científico “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS). — Tudo que precisávamos fazer era dar um “empurrãozinho”, adicionando uma pequena molécula que funciona como um abridor de latas e força o vírus a expor regiões reconhecidas pelos anticorpos. Estes, então, formam “pontes” com algumas células do sistema imunológico, dando início ao ataque.

TERAPIA DE “CHOQUE E MORTE”
Em estudo anterior, também publicado este ano, a mesma equipe de cientistas demonstrou que alguns pacientes com o HIV-1 podiam eliminar as células infectadas quando duas proteínas do vírus, chamadas Nef e Vpu, eram desativadas por mutações genéticas. O problema é que, em sua forma “selvagem”, o HIV ainda contém essas proteínas, que agem como seus “guarda-costas”. Assim, os cientistas decidiram buscar uma maneira de enganar esses defensores. Para isso, adicionaram uma molécula às superfícies das células dos pacientes infectados, chamada JP-III-48, que imita a proteína CD4. Localizada na superfície dos linfócitos T, essa proteína é a “porta” usada pelo HIV para invadir as células do sistema imune e infectá-las, mas depois é eliminada por ele justamente para evitar que elas sejam reconhecidas como doentes pelas defesas do organismo.
— A solução (cura da Aids) é desenvolver uma terapia de “choque e morte” — explica Finzi. — Precisamos reativar os depósitos de HIV para forçar o vírus a sair de seu esconderijo e, então, matar as células infectadas.
Fonte: O Globo


Fonte: CFF ( Conselho Federal de Farmácia)
DATA: 05/05/2015

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