segunda-feira, 27 de abril de 2015

Descoberta vacina que melhora a resposta imunológica ao câncer

Washington, 2 de abril - Uma nova vacina melhora a resposta imunológica ao câncer a partir do uso de proteínas alteradas do tumor do paciente, uma fórmula que poderia dar bons resultados para o melanoma e os cânceres de pulmão, bexiga e cólon, segundo um estudo que publica nesta quinta-feira a revista "Science".
"As vacinas contra o câncer costumam ser generalizadas. Esta é uma das primeiras personalizadas. As generalizadas usam proteínas normais sem alteração, por isso que a resposta imune não é muito forte", explicou à Agência Efe a principal pesquisadora do estudo, a venezuelana Beatriz Carreño. "Em nossa vacina usamos proteínas alteradas do paciente com tumor e comprovado que provocam uma maior reação nas células T, ao multiplicar em número e frequência sua capacidade de reconhecer substâncias isoladas dos tumores", acrescentou a pesquisadora.
As células T são um tipo de célula imunológica cuja função é reconhecer substâncias estranhas na superfície de outras células e matá-las, para o qual produzem substâncias solúveis que têm efeitos sobre tumores e células infectadas com vírus. Para elaborar a vacina da qual informa a "Science", se usaram células dendríticas junto a proteínas alteradas do tumor do paciente. Visto que as células dendríticas "não são muito abundantes", os pesquisadores isolaram precursores e as geraram no laboratório.
"O uso de proteínas alteradas demonstrou ter uma maior capacidade para ativar o sistema imune. Porque quando as proteínas são normais, não são realmente substâncias estranhas e, portanto, a resposta imune não é muito forte", explicou Carreño.
Os pesquisadores consideram que uma vacina deste tipo funcionaria bem para pacientes com cânceres que têm um alto componente imunológico e de mutações, como os de pulmão, bexiga, cólon e o melanoma. "Quanto maior número de mutações, encontramos mais proteínas alteradas que podemos usar para ativar o sistema imune", disse a pesquisadora da Washington University School of Medicine, em Saint Louis (Missouri). A vacina deste estudo foi testada em três pacientes por enquanto. "Estamos falando de uma nova maneira de atacar o câncer, com a informação genômica dos tumores. Usamos as alterações no tumor para acelerar o sistema imune", assinalou Carreño.
Os pesquisadores defendem portanto que a descoberta pode representar um grande impulso no avanço da imunoterapia do câncer, ou seja, as estratégias voltadas a ativar os sistemas imunológicos dos pacientes contra seus tumores. Além disso, eles sustentam que com esta vacina se dá mais um passo rumo a uma imunoterapia do câncer mais personalizada.
Fonte: EFE

Fonte: CRF-PA (Conselho Regional de Farmácia-Pará).
DATA: 06/04/2015

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Exame para detecção da síndrome de Down (trissomia do 21) mostra resultados promissores em estudo publicado pelo NEJM

O exame conhecido no inglês como Cell-free DNA (cfDNA) mostrou-se altamente eficaz para analisar a trissomia fetal em mulheres de alto risco. O teste pode ser realizado em uma amostra de sangue periférico materno, simplificando o pré-natal. No entanto, ainda há poucos estudos comparando o teste cfDNA com a triagem padrão durante o primeiro trimestre de gestação em populações pré-natais de rotina.
Neste estudo multicêntrico, prospectivo, publicado pelo The New England Journal of Medicine (NEJM), conduzido em 35 centros internacionais, pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco atribuíram as mulheres grávidas que apresentam aneuploidia na triagem entre 10 a 14 semanas de gestação, a fazer tanto a triagem padrão (com a medida da translucência nucal e análises bioquímicas) quanto o teste cfDNA. As participantes receberam os resultados do rastreio padrão; os resultados dos testes cfDNA foram cegos. A determinação do resultado ao nascimento foi baseada em testes genéticos de diagnóstico ou no exame do recém-nascido. O desfecho primário foi a área sob a curva ROC (AUC) para a trissomia 21 (síndrome de Down) testando com o cfDNA versus triagem padrão. Também foram avaliadas as trissomias 18 e 13 com o cfDNA versus triagem padrão.
De 18.955 mulheres que foram inscritas, os resultados de 15.841 estavam disponíveis para análise. A idade materna média foi de 30,7 anos, sendo a idade gestacional média no teste de 12,5 semanas. A AUC para a trissomia 21 foi de 0,999 para o teste cfDNA e 0,958 para a seleção padrão (p=0,001). A trissomia 21 foi detectada em 38 de 38 mulheres no grupo do teste cfDNA, em comparação com 30 de 38 mulheres no grupo da triagem padrão (p=0,008). As taxas de falsos positivos foram 0,06% no grupo cfDNA e 5,4% no grupo da triagem padrão (p<0,001). O valor preditivo positivo para o teste cfDNA foi de 80,9% em comparação com 3,4% para a triagem padrão (p<0,001).
As conclusões mostram que nesta população de triagem pré-natal de rotina os testes cfDNA de trissomia 21 tiveram maior sensibilidade, uma taxa inferior de falsos positivos e maior valor preditivo positivo do que a triagem padrão com a medida da translucência nucal e análises bioquímicas.


Fonte: NEWS MED

DATA: 07/04/2015

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Camex isenta de imposto a importação da vacina contra HPV



A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou resolução que isenta de imposto a importação da vacina contra o HPV. A decisão atende a solicitação do Ministério da Saúde, que tem feito campanhas de vacinação contra o vírus entre meninas com idade entre 9 e 13 anos, em todo o país.
“A redução [da alíquota do Imposto de Importação] é necessária até que a vacina passe a ser produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, que está inserido no programa Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Ministério da Saúde”, explicou a assessoria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ao qual é vinculada a Camex.
O HPV é o principal responsável por casos de câncer de colo do útero, doença que representa hoje a segunda principal causa de morte por neoplasias entre mulheres no Brasil. Como ele é transmitido principalmente por via sexual, o objetivo do ministério é reduzir a incidência de casos nas próximas décadas com a vacinação das meninas antes do início da vida sexual.
Antes da redução  a zero, a alíquota do Imposto de Importação para a vacina era 2%. A resolução da Camex foi publicada hoje (1º) no Diário Oficial da União e já está valendo.
Fonte: Agência Brasil


Fonte: CRF-PA (Conselho Regional de Farmácia-Pará).


DATA: 07/04/2015

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