terça-feira, 30 de setembro de 2014

Vacina experimental contra ebola pode surgir em meses



Milhares de doses de vacinas experimentais contra o ebola devem estar disponíveis nos próximos meses. Elas poderão ser dadas já em janeiro para os trabalhadores de saúde e a pessoas com alto risco de se contaminar, segundo informou a Organização Mundial da Saúde.
Especialistas em saúde pública buscam terapias experimentais e meios não convencionais para combater o surto na África Ocidental. Nenhuma vacina provou ser segura ou eficaz em humanos, disse Marie-Paule Kieny, diretora-geral-assistente da OMS. O governo canadense já doou 800 frascos de uma vacina que desenvolveu antes de licenciá-la a uma companhia local. Kieny disse que a empresa deverá produzir milhares de doses nos próximos meses.
Ainda não estão claras quantas doses os 800 frascos podem conter, já que é preciso determinar a eficácia da vacina. Segundo Kieny, o provável é que os frascos contenham cerca de 1.500 doses. Até o início do próximo ano, deve haver cerca de 10.000 doses de outra vacina, desenvolvida pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos e pela empresa GlaxoSmithKline. O número de mortes devido ao ebola na África subiu para ao menos 3.091, e há 6.574 casos suspeitos ou confirmados, segundo a OMS. A Libéria, país mais afetado, já registrou 1.830 mortes, cerca de três vezes mais do que a Guiné ou Serra Leoa, os outros dois mais atingidos.
FONTE: CFF (Conselho Federal de Farmácia).
Data: 29/09/2014

REFERÊNCIA

http://www.cff.org.br/noticia.php?id=2285&titulo=Vacina+experimental+contra+ebola+pode+surgir+em+meses

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Agência suspende medicamento com odor alterado, cosméticos irregulares e publicidade enganosa de alimento

        ANVISA determinou a suspensão da distribuição, comércio e uso, em todo o país, de todos os lotes do medicamento Alumimax (Hidróxido de Alumínio) 60 mg/ml, suspensão oral. A empresa fabricante, Natulab Laboratório S.A., comunicou o recolhimento voluntário do medicamento após não identificar as causas do odor alterado do medicamento citado. Também foi suspenso a distribuição, comercialização e uso dos lotes DEHR 006 e DEHR 007 do cosmético Loção Oleosa – Ácidos Graxos Essencias (Age) com Vitamina A – E, Deriva- Rivka. 
     Ambos os lotes, fabricados pela empresa Hadassah Cosméticos Ltda, apresentaram resultados insatisfatórios no ensaio de aspecto, onde se constatou cor amarela mais clara que o padrão e precipitado de cor amarelo escuro e turvo. O produto Ideal Shampoo para limpeza, fabricado por empresa desconhecida, também foi suspenso. A medida foi determinada após a comprovação de que o produto estava sendo fabricado e comercializado sem possuir registro ou notificação na ANVISA. A Agência também suspendeu todas as publicidades que atribuam propriedades terapêuticas ao alimento de marca Pontencil Masculino. 
       O produto, distribuído pela empresa Brascom Home Telemarketing Ltda – Me, estava sendo divulgado irregularmente, por meio de Internet, com alegações que contrariam o registro na ANVISA e podem induzir o consumidor ao erro em relação a verdadeira natureza do produto. Interdição cautelar Foi interditado cautelarmente, pelo prazo de 90 dias, o lote AR 877 do medicamento Carbamazepina 200mg, comprimido, fabricado por Sanval Comércio e Indústria Ltda. A medida é por causa do resultado insatisfatório obtido no ensaio de dissolução. Todas as determinações acima foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

 FONTE: ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA)
Data: 26/09/2014

REFERÊNCIA

http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2014+noticiasagencia+suspende+medicamento+com+odor+alterado+cosmeticos+irregulares+e+publicidade+enganosa+de+alimento

http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=26/09/2014&jornal=1&pagina=68&totalArquivos=240

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Consulte as listas de medicamentos que terão produção descontinuada ou reativada



As listas de medicamentos1 para os quais os laboratórios notificaram a descontinuação ou reativação da produção já estão disponíveis no site da ANVISA. Com isso, os motivos para interrupção de fabricação ou importação do produto passam a estar acessíveis a qualquer cidadão pelo portal da Agência. As empresas detentoras dos registros também devem divulgar em seus canais de atendimento ao consumidor e profissionais de saúde os produtos que serão descontinuados.
Desde abril, os fabricantes e importadores de medicamentos devem informar à ANVISA a intenção de retirar do mercado produtos com, no mínimo, seis meses de antecedência. Ao informar à ANVISA sobre a descontinuação, a empresa detentora do registro precisa explicar as razões da interrupção. A obrigatoriedade está prevista na RDC 18/20142. O desrespeito à norma poderá acarretar punição com advertência, interdição do fabricante e multa que vai de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.
Descontinuação
A ANVISA não possui instrumento legal que impeça os laboratórios farmacêuticos de retirarem seus medicamentos do mercado. Seja por motivos técnicos ou comerciais, a Agência entende que a gestão efetiva desse problema envolve o compartilhamento de responsabilidades para o adequado planejamento, monitoramento contínuo, comunicação eficiente e articulação entre fabricantes ou importadores e agentes públicos, profissionais de saúde e usuários para se evitar ou minimizar os possíveis impactos de desabastecimento.
Todas as notificações apresentadas pelas empresas serão disponibilizadas para consulta ao cidadão, mas é importante informar que nem toda descontinuação gera desabastecimento de mercado. Muitas podem ser as causas da falta de um determinado medicamento, por isso a ANVISA realiza o monitoramento das informações a partir dos dados apresentados pelas empresas e poderá adotar medidas adicionais com o objetivo de reduzir o impacto da descontinuação nos casos de risco de desabastecimento que possa comprometer a política de assistência farmacêutica e trazer consequências negativas à saúde da população.
Nos casos de descontinuação temporária ou definitiva da fabricação ou importação de medicamentos que possam causar desabastecimento de mercado, a comunicação à ANVISA deverá ser realizada pela empresa com doze meses de antecedência.

FONTE: ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA)
Data: 24/09/2014

REFERÊNCIAS


·         2http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=07/04/2014&jornal=1&pagina=37&totalArquivos=88

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

FDA aprova Movantik para a constipação intestinal induzida por opioides

          
    Os opioides são uma classe de medicamentos utilizada para tratar e controlar a dor. Um efeito secundário comum associado ao uso destas medicações é que elas reduzem a motilidade do trato gastrointestinal, tornando as evacuações difíceis e causando a retenção de fezes, com a formação de fezes duras ou grumosas ou uma sensação de evacuação incompleta. O Movantik pertence a uma classe de medicamentos chamados antagonistas periféricos dos opioides, que são usados para diminuir os efeitos da constipação causada pelos opioides.
    A segurança e eficácia do Movantik foram estabelecidas em dois ensaios clínicos com 1.352 participantes que tomaram opioides, por pelo menos quatro semanas, para a dor não relacionada ao câncer e tiveram constipação induzida por opioides. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente para receber 12,5 mg ou 25 mg de Movantik ou placebo, uma vez por dia, durante 12 semanas. Os ensaios foram concebidos para medir a alteração no número de evacuações por semana a partir do início do estudo.
      Os resultados do primeiro estudo mostram que 44% dos participantes que receberam 25 mg de Movantik e 41% dos participantes que receberam 12,5 mg de Movantik apresentaram um aumento do número de evacuações por semana, em comparação com 29% dos participantes que receberam placebo. O segundo estudo mostrou resultados semelhantes.
Efeitos colaterais comuns do Movantik incluem dor abdominal, diarreia, dor de cabeça e flatulência.
      A FDA está exigindo um estudo pós-comercialização para avaliar melhor o risco potencial de eventos adversos cardiovasculares em pacientes que tomam Movantik. Em junho, a FDA realizou uma reunião pública para discutir quais os estudos necessários para avaliar a segurança cardíaca dos antagonistas periféricos dos opioides, incluindo o Movantik, destinados a tratar a constipação induzida por opioides.
       A Food and Drug Administration, dos EUA, aprovou o Movantik (naloxegol), um tratamento oral para a constipação intestinal induzida por opioides em adultos com dor não-oncológica crônica.

Fonte: FDA News Release, de 16 de setembro de 2014.

REFERÊNCIA

NEWS.MED.BR, 2014. FDA aprova Movantik para a constipação intestinal induzida por opioides. Disponível em: < http://www.news.med.br/p/pharma-news/570652/fda-aprova-movantik-para-a-constipacao-intestinal-induzida-por-opioides.htm >. Acesso em: 19 set. 2014.

 http://www.fda.gov/NewsEvents/Newsroom/PressAnnouncements/ucm414620.htm

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Suspensos lotes de medicamentos do Laboratório Teuto



A ANVISA determinou a suspensão de distribuição, comercialização e uso de lotes de dois medicamentos do Laboratório Teuto Brasileiro S.A.
A Agência suspendeu o lote 2946049 do Norfloxacino 400 mg, válido até novembro de 2015. A embalagem continha blísteres de outro produto, do medicamento Cloridrato de Paroxetina 20 mg.
A ANVISA também suspendeu o lote 2444510 do medicamento Cloridrato de Amitriptilina 25 mg, válido até 01 de janeiro de 2016. O produto apresentou bolsões de ar entre os comprimidos. Este fato compromete o isolamento do conteúdo da embalagem.
Ao longo de 2014, a ANVISA já determinou a suspensão de lotes de nove (09) medicamentos do Laboratório Teuto Brasileiro. A maior parte dos produtos foi recolhida voluntariamente, após reclamações feitas ao SAC da empresa.
Apesar das ações voluntárias da empresa, a ANVISA realizou inspeção na fábrica em razão dos casos de inconformidades. Em 22 de agosto, a Agência interditou as atividades relacionadas a acondicionamento de medicamentos. Assim, o Laboratório foi notificado a interromper a produção até a requalificação. Então, em 9 de setembro, a empresa comprovou a adequação da linha de produção. Por isso, desde então, está autorizada a retomar as atividades produtivas.
As resoluções foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).
FONTE: ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA)
Data: 17/09/2014

REFERÊNCIAS


FDA aprova o Contrave, medicamento para controle crônico do peso corporal



A Food and Drug Administration, dos EUA, aprovou o Contrave (cloridrato de naltrexona e cloridrato de bupropiona, comprimidos de liberação prolongada) como opção de tratamento para o controle crônico de peso corporal, associado a uma dieta reduzida em calorias e atividades físicas regulares.
A medicação é aprovada para uso em adultos com um índice de massa corporal (IMC) de 30 kg/m² ou mais (obesidade) ou adultos com um IMC de 27 kg/m² ou superior (acima do peso), que têm pelo menos uma condição relacionada ao peso, como pressão arterial elevada (hipertensão arterial), diabetes mellitus do tipo 2 ou colesterol elevado (dislipidemia).

O IMC, que mede a gordura corporal, com base no peso do indivíduo e na altura, é utilizado para definir a obesidade e o excesso de peso em categorias. A obesidade é um importante problema de saúde pública, disse Jean-Marc Guettier, da Division of Metabolism and Endocrinology Products no FDA’s Center for Drug Evaluation and Research. Se utilizado em combinação com um estilo de vida saudável, que inclui uma dieta reduzida em calorias e exercícios físicos regulares, o Contrave oferece outra opção de tratamento para o controle crônico de peso para as pessoas que são obesas ou estão acima do peso e têm pelo menos uma condição de saúde relacionada à alteração no peso corporal.

Contrave é uma combinação de dois fármacos aprovados pela FDA, naltrexona e bupropiona, numa formulação de liberação prolongada. A naltrexona é aprovada para o tratamento da dependência de álcool e de opiáceos. A bupropiona é aprovada para tratar a depressão e o transtorno afetivo sazonal (depressão de inverno) e como uma ajuda para o tratamento para largar o cigarro.

A eficácia do Contrave foi avaliada em vários estudos clínicos que incluíram cerca de 4.500 pacientes obesos e com excesso de peso, com e sem condições de saúde relacionadas ao peso, tratados durante um ano. Todos os pacientes receberam modificação de estilo de vida que consistia em uma dieta reduzida em calorias e atividade física regular.

Os resultados de um ensaio clínico que envolveu pacientes sem diabetes mostraram que os pacientes tiveram uma perda de peso média de 4,1% em relação ao tratamento com placebo (pílula inativa) em um ano. Neste ensaio, 42% dos pacientes tratados com Contrave perderam pelo menos 5% do seu peso corporal, em comparação com 17% dos pacientes tratados com placebo. Os resultados de outro ensaio clínico que envolveu pacientes com diabetes tipo 2 mostraram que os pacientes tiveram uma perda de peso média de 2% em relação ao tratamento com placebo em um ano. Neste ensaio, 36% dos pacientes tratados com Contrave perderam pelo menos 5% do seu peso corporal, em comparação com 18% dos pacientes tratados com placebo.

Os doentes que utilizam Contrave na dose de manutenção devem ser avaliados ao fim de 12 semanas para determinar se o tratamento está funcionando. Se um paciente não perdeu pelo menos 5% do peso corporal em relação ao peso inicial, o Contrave deve ser descontinuado, uma vez que é pouco provável que o paciente alcance e mantenha uma perda de peso clinicamente significativa com a continuação do tratamento.

Por conter bupropiona, o Contrave tem uma advertência para alertar os profissionais de saúde e os pacientes para o aumento do risco de pensamentos e comportamentos suicidas associados ao uso de antidepressivos. O aviso também diz que eventos neuropsiquiátricos graves já foram relatados em pacientes que tomavam a bupropiona para a cessação tabágica.

Contrave pode causar convulsões e não deve ser usado em pacientes que têm distúrbios convulsivos. O risco de convulsões é dose-dependente. Contrave deve ser interrompido e não reiniciado em pacientes que tenham sofrido uma convulsão durante o tratamento com Contrave.

Contrave também pode elevar a pressão arterial e frequência cardíaca e não deve ser utilizado em doentes com pressão arterial alta não controlada. O significado clínico dos aumentos na pressão arterial e na frequência cardíaca observados com o tratamento com Contrave não está claro, especialmente para pacientes com problemas cardíacos e doenças cerebrovasculares (disfunção dos vasos sanguíneos que afetam o cérebro), uma vez que pacientes com histórico de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral nos seis meses anteriores, arritmias com risco de vida ou insuficiência cardíaca congestiva foram excluídos dos ensaios clínicos. Pressão arterial e pulso devem ser medidos antes do início da medicação e devem ser monitorados em intervalos regulares, especialmente entre pacientes com a pressão arterial elevada controlada antes do tratamento.

Outros produtos contendo bupropiona não devem ser tomados junto com o Contrave. O fármaco não deve ser usado em:
  • Pessoas com distúrbios alimentares (bulimia ou anorexia nervosa).
  • Naqueles que estão utilizando opioides, fazendo tratamento para a dependência de opiáceos ou que estão experimentando a privação aguda de opiáceos.
  • Pacientes submetidos a uma interrupção abrupta do álcool, benzodiazepínicos, barbitúricos e drogas antiepilépticas.
  • Mulheres que estão grávidas ou tentando engravidar.
  • As reações adversas mais comuns relatadas com Contrave incluem náusea, constipação, dor de cabeça, vômito, tontura, insônia, boca seca e diarreia. A FDA impôs as seguintes exigências pós-comercialização:
  • Ensaios clínicos com resultados de testes cardiovasculares para avaliar o risco cardiovascular associado ao uso de Contrave.
  • Dois estudos de eficácia, de segurança e de farmacologia clínica em pacientes pediátricos (um em pacientes de 12 a 17 anos de idade e outro em pacientes de 7 a 11 anos de idade).
  • Um estudo não-clínico (animal) de toxicidade juvenil com foco especial no crescimento e no desenvolvimento, bem como no comportamento, aprendizado e memória.
  • Um estudo para avaliar o efeito de Contrave sobre a condução cardíaca.
  • Ensaios clínicos para avaliar a dosagem em pacientes com insuficiência hepática ou renal.
  • Um ensaio clínico para avaliar as potenciais interações entre Contrave e outros medicamentos.
O Contrave é distribuído pela Takeda Pharmaceuticals America Inc. de Deerfield, em Illinois, para a Orexigen Therapeutics Inc., de La Jolla, na Califórnia.
FONTE: FDA News Release.
Data: 16/09/2014

REFERÊNCIA

NEWS. MED.BR, 2014. FDA aprova o Contrave, medicamento para controle crônico do peso corporal. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/pharma-news/568487/fda-aprova-o-contrave-medicamento-para-controle-cronico-do-peso-corporal.htm>. Acesso em: 16 set. 2014.