quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Frutas protegem contra diabetes, mas sucos elevam risco da doença

    Uma pesquisa publicada no dia 30 pelo "British Medical Journal" pode amargar o café da manhã de muita gente: o consumo diário de um ou mais copos de suco de fruta eleva em até 21% o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
    A doença, que é considerada uma epidemia mundial, afeta 347 milhões de pessoas, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
    O estudo, liderado por Isao Muraki, da Escola Médica de Harvard (EUA), analisou dados de mais de 187 mil homens e mulheres acompanhados por 24 anos para saber se o consumo de diferentes tipos de fruta poderia influenciar positiva ou negativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
      Mais de 12 mil participantes (6,5%) receberam diagnóstico da doença durante o estudo. O diabetes tipo 2, diretamente relacionado à obesidade, é caracterizado pela resistência do corpo à ação da insulina, que controla os níveis de açúcar no sangue, ou pela produção insuficiente do hormônio.
      Trabalhos anteriores já haviam tentado averiguar se o consumo de frutas poderia reduzir o risco de diabetes, mas, segundo os autores, não havia sido encontrada ligação forte entre uma coisa e outra.
        Por isso eles decidiram analisar cada fruta separadamente. Mirtilo, uva e maçã, consumidos três vezes por semana, foram as frutas que mais diminuíram o risco de diabetes, em 26%, 12% e 7%, respectivamente.
      Já o melão foi a única fruta cujo consumo esteve ligado a um aumento dos casos de diabetes. Os autores também notaram um aumento no risco de desenvolver a doença entre os que tomavam suco de fruta.
     Segundo os cálculos do estudo, trocando os sucos por um consumo frequente de quaisquer frutas inteiras, o risco de diabetes cai 7%; a queda pode ser maior dependendo da escolha de cada um (de novo, uva e mirtilo deram os melhores resultados).
        De acordo com Daniela Jobst, nutricionista funcional e membro do Instituto de Medicina Funcional dos EUA, a diferença de resultado entre as frutas tem a ver com seu índice glicêmico (potencial de cada uma de gerar "picos" na produção de insulina) mas, talvez principalmente, aos nutrientes que cada uma delas tem.
        "O diabetes envolve um processo de estresse oxidativo, aumenta a quantidade de radicais livres. Frutas como mirtilo e uvas têm fitoquímicos antioxidantes."
      O problema dos sucos é que, em relação à fruta inteira, eles têm muito menos fibras, o que eleva a velocidade da absorção do açúcar, gerando os picos que podem ser prejudiciais ao organismo.
     Melhor eliminar o suco da dieta? "Não precisa. Dá para acrescentar fibras ao suco, para tornar a digestão mais lenta. Uma folha, como couve, ou grãos como linhaça e chia são boas opções."

FONTE: CFF (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA)
Data: 05/09/2013

REFERÊNCIA
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1260&titulo=Frutas+protegem+contra+diabetes%2C+mas+sucos+elevam+risco+da+doen%C3%A7a

Efeitos neurológicos associados com a droga antimalárica CME / CE

           O FDA está atualizando os alertas a respeito da mefloquina, droga antimalárica, ao incluir o risco de efeitos adversos neurológicos e psiquiátricos. Os efeitos adversos incluem tontura, vertigem, perda de equilíbrio e zumbido no lado neurológico e ansiedade, confusão, paranoia e depressão no lado psiquiátrico. Uma nova advertência deverá ser introduzida na caixa informando que esses efeitos adversos neuropsiquiátricos podem persistir por muito tempo após a suspensão do uso desse medicamento.
         Pacientes e profissionais da saúde devem estar atentos a esses efeitos. Se um paciente apresentar sintomas neurológicos e psiquiátricos quando estiver usando para prevenir a malária, a mefloquina deve ser interrompida e um medicamento alternativo deve ser usado. Se um paciente desenvolver sintomas neurológicos ou psiquiátricos, enquanto estiver usando a mefloquina, ele deve entrar em contato com o médico prescritor. O paciente não deve parar de tomar mefloquina antes de discutir os sintomas com o profissional de saúde.
        O FDA informa também que continuará a avaliar a segurança da mefloquina e irá comunicar o público novamente se houver qualquer informação adicional.

FONTE: FDA (U.S. FOOD AND DRUG ADMINISTRATION)
Data: 05/08/2013

REFERÊNCIA
http://www.fda.gov/Drugs/DrugSafety/ucm362227.htm