quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Vacina brasileira contra dengue começa a ser testada no país em outubro

        O Instituto Butantan, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), inicia em outubro os testes em seres humanos de uma vacina contra a dengue. A vacina está sendo desenvolvida para combater, em uma única dose, os quatro tipos da doença já identificados no mundo. Segundo Alexander Precioso, diretor de Ensaios Clínicos do Butantan, nenhum outro país tem uma vacina como essa.
       A vacina começou a ser desenvolvida em 2006, juntamente com os institutos nacionais de Saúde dos Estados Unidos. Os vírus foram identificados no país norte-americano e, posteriormente, transferidos para o Butantan, em 2010.
      A técnica utiliza o chamado vírus atenuado. “Isso ignifica que o próprio vírus da dengue é modificado para que seja capaz de fazer com que as pessoas produzam anticorpos, mas sem desenvolver a doença”, explicou Precioso.
       Os cientistas já testaram a vacina em mais de 600 norte-americanos. “Os estudos lá mostraram que é uma vacina segura e que foi capaz de fazer com que as pessoas produzissem anticorpos contras os quatro vírus”, disse ele. O pesquisador explicou ainda que, nesses voluntários, não foram observados efeitos colaterais importantes, apenas dor e vermelhidão no local da aplicação, sensação comum para vacinas.
       Porém, como os Estados Unidos não são uma região endêmica para a dengue, nenhum voluntário que recebeu a imunização havia contraído a doença antes. No Brasil, os testes vão envolver também pessoas que já tiveram dengue.
      O cientista disse que, com base em estudos publicados no Sudoeste Asiático e nos Estados Unidos, pacientes com histórico de dengue poderão receber a imunização sem risco à saúde. “No início do desenvolvimento da vacina lá [nos Estados Unidos], algumas pessoas receberam vacina monovalente, só de um tipo, e depois outra dose de um vírus diferente, para ver se quem já tinha o passado de dengue correria risco”, explicou.
    Em uma primeira etapa dos testes brasileiros, que começam nesta semana, serão recrutados 50 voluntários da capital paulista, todos adultos saudáveis e que nunca tiveram dengue, com idade entre 18 e 59 anos, de ambos os sexos. Eles vão ser imunizados em duas doses, com intervalo de seis meses entre elas.
       A próxima etapa vai incluir pessoas com histórico de dengue e a vacina será aplicada em dose única. Serão 250 voluntários da capital paulista e da cidade de Ribeirão Preto, no interior do estado.
       “Nós trabalhamos com a hipótese de que ela [vacina] será trabalhada em uma dose, mas nos primeiros 50 voluntários serão duas doses”, disse Precioso. “Os resultados de lá [Estados Unidos] demonstraram que a vacina já atua apenas com uma dose. Como ela vai ser, pela primeira vez, utilizada em uma região endêmica de dengue, vamos avaliar os dois esquemas [uma ou duas doses] e os dois tipos de população [já tiveram ou nunca tiveram dengue]”, acrescentou.
        A terceira e última fase vai recrutar pessoas de diversas partes do país, de várias idades. “Ela vai gerar o resultado de que nós precisamos para solicitar o registro na Anvisa e, a partir daí, a vacina estará disponível”. A previsão dos pesquisadores é de que a vacina chegue à população em cinco anos.

FONTE: ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA)
Data: 02/10/2013

REFERÊNCIA

http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1329&titulo=Vacina+brasileira+contra+dengue+come%C3%A7a+a+ser+testada+no+pa%C3%ADs+em+outubro

Interação Medicamentosa


Suspensos lote de medicamento, esmalte e produto irregular


     A Anvisa determinou a suspensão da distribuição, comércio e uso, em todo o país, do lote 1119955 do medicamento Fenobarbital comprimidos 100mg, fabricado pela empresa União Química Farmacêutica Nacional em outubro de 2011 e com validade até outubro de 2013. O lote do produto citado apresentou resultado insatisfatório para o atributo aspecto e deverá ser recolhido do mercado. O medicamento é utilizado em tratamentos de epilepsia e crises convulsivas e tem outros substitutos no mercado.

      Também foi determinada a suspensão do todos os medicamentos fabricados pela empresa Lanusse C de Sousa, incluindo os medicamentos Flor da Índia, Maracujam, Menopalzam, Rinmax e Flor da Catingueira, todos da marca Méldica. Na embalagem dos produtos constam indicações terapêuticas, mas estes não tem registro na Anvisa para estas finalidades. A empresa fabricante também não possui autorização de funcionamento perante a Agência.
      Foram suspensos os esmaltes artesanais fabricados pela empresa Esmaltes da Kelly e comercializados através da internet. Os produtos não estão notificados na Anvisa e o fabricante não possui CNPJ nem autorização de funcionamento na Agência.
       Todas as resoluções estão publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

FONTE: ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA)
Data: 02/10/2013

REFERÊNCIA
http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2013+noticias/suspensos+lote+de+medicamento%2C+esmalte+e+produto+irregular