quinta-feira, 30 de abril de 2015

Laboratório usa plantas da Amazônia para desenvolver substâncias contra malária

As pesquisas para o desenvolvimento de medicamentos contra a malária a partir de substâncias extraídas de plantas da Amazônia brasileira estão avançadas. Os pesquisadores do Laboratório de Princípios Ativos da Amazônia (Lapaam), que faz parte do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), dispõem de em torno de seis substâncias isoladas bem caracterizadas, capazes de matar os parasitas da malária.
A informação é do farmacêutico Luiz Francisco Rocha, responsável pela área de farmacologia do Lapaam. Um artigo com os resultados recentes das pesquisas do laboratório foi aceito para publicação na Antimicrobial Agents and Chemotherapy, uma revista de prestígio no meio científico, em biotecnologia, farmácia e química.
Rocha conta que, desde 2000, o professor e pesquisador Adrian Martin Pohlit, coordenador do laboratório, se propôs a estudar as plantas que os moradores utilizavam contra a malária. Das cerca de 40 espécies encontradas, 15 substâncias bioativas foram isoladas e seus efeitos são pesquisados pelo Lapaam. “Selecionado um grupo de plantas, foram preparados extratos vegetais, analisados quimicamente, e depois fizemos estudos farmacológicos. Porque uma coisa é a população utilizar e dizer que é eficaz, e outra é isolar o princípio ativo e mostrar que tem atividade. Nós conseguimos isso”, disse Rocha.
O Laboratório de Malária e Dengue do Inpa também atua nas pesquisas, em parceria com a Fundação de Medicina Tropical do Amazonas.
Entre as substâncias mais promissoras está o 4-nerolidilcatecol (4-NC), extraído da Piper peltatum, uma planta medicinal popularmente conhecida como caapeba-do-norte ou pariparoba. Seu chá é utilizado no tratamento da malária, dificuldades de digestão, infecções no sistema urinário, febre e picadas de inseto, entre outras aplicações.
Segundo Rocha, não é possível precisar quando o medicamento estará disponível, o que também depende do interesse da indústria farmacêutica, mas várias etapas importantes já foram cumpridas. “Para o desenvolvimento de drogas, é necessário testar in vitro nos parasitas, depois em animais, analisamos a toxidade, e todos esses testes já foram feitos. A substância não é tóxica para as pessoas só mata o parasita”, explicou.
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários parasitas do gêneroPlasmodium, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles e apresenta cura se for tratada de forma correta e a tempo. Os parasitas se depositam no fígado da pessoa infectada, onde amadurecem e se reproduzem. A doença pode evoluir para a forma grave e até matar.
A maioria dos casos de malária se concentra na região amazônica, área endêmica para a doença. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, segundo o Ministério da Saúde, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade maior que na Amazônia.
Para o farmacêutico do Lapaam, os resultados obtidos são importante pois mostram o potencial farmacológico da região e a possibilidade de utilizar os recursos naturais de forma sustentável, agregando valor à floresta, além de dar visibilidade à pesquisa na região, que é tão escassa de recursos.
O Lapaam também pesquisa o potencial antimalárico em plantas como a carapanaúba (Aspidosperma vargasii), a caferana (Picrolemma sprucei), a acariquara vermelha (Minquartia guianensis) e a andiroba (Carapa guianensis).
O farmacêutico Luiz Francisco Rocha conta ainda que, recentemente, o laboratório começou a avaliar a ação das substâncias também para a prevenção da malária.
Fonte: Agência Brasil
Fonte: CRF-PA (Conselho Regional de Farmácia-Pará)
DATA: 27/04/2015

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Primeiro medicamento biológico por comparabilidade é registrado pela Anvisa

A Anvisa aprovou o primeiro medicamento biológico pela via de desenvolvimento por comparabilidade. O registro do biotecnológico Remsima (infliximabe) foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (27/04).
O exercício de comparabilidade foi avaliado para demonstrar a similaridade entre o Remsima e o produto biológico comparador, o Remicade. Esse processo foi necessário porque, de acordo com as regras previstas na RDC 55/2010, o produto biológico que se pretende registrar por essa via de desenvolvimento deve ser analisado tendo por base o produto biológico comparador (produto biológico novo).
Durante a avaliação, todas as etapas para o registro – como análise da tecnologia farmacêutica, eficácia e segurança – foram cuidadosamente mantidas.
O Remsima foi aprovado para as seguintes indicações terapêuticas:
- Artrite reumatoide;
- Espondilite anquilosante;
- Psoríase;
- Artrite psoriásica;
- Doença de Crohn em adultos;
- Doença de Crohn pediátrica;
- Doença de Crohn Fistulizante,
- Colite e Retocolite ulcerativa.


Fonte: ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
DATA: 27/04/2015

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Cuba vai fornecer vacinas contra o câncer para os Estados Unidos

Cuba vai fornecer vacinas terapêuticas contra o câncer para os Estados Unidos, com a assinatura de vários acordos com organismos norte-americanos na área da saúde, noticiou hoje (22) o diário oficial cubano Granma.
Os acordos foram anunciados durante a visita à ilha do governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, que ocorreu segunda-feira (20) e terça-feira (21). Uma das organizações norte-americanas envolvidas foi o Instituto Roswell Park contra o Câncer de Nova Iorque, que assinou um acordo com o Centro de Imunologia Molecular de Cuba.
As vacinas terapêuticas contra o câncer atuam no área da imunoterapia, método terapêutico que consiste em estimular as defesas naturais (sistema imunológico) das pessoas com câncer para que possam combater de forma mais eficaz a doença e eventuais metástases. A vacina é o segundo medicamento cubano a entrar nos Estados Unidos, dois anos depois da entrada de um remédio indicado para o tratamento do diabetes.
Outro acordo assinado prevê o fornecimento de aplicações informáticas norte-americanas para uma empresa farmacêutica cubana, que não foi identificada. O protocolo com a empresa tecnológica norte-americana Infor também envolve intercâmbios “com uma universidade cubana para ações de formação com estudantes” na área das novas tecnologias.
Acompanhado por uma delegação de empresários, Andrew Cuomo foi o primeiro governador norte-americano a visitar o território cubano depois do anúncio, em 17 de dezembro de 2014, da aproximação histórica entre Washington e Havana, que não têm relações diplomáticas oficiais há mais de meio século.
Fonte: Agência Lusa


Fonte: CRF-PA (Conselho Regional de Farmácia-PA)
DATA: 23/04/2015

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Anvisa simplifica as regras para importar canabidiol

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta quarta-feira (22) novos critérios para liberar a importação de produtos à base de canabidiol, um dos derivados da maconha, em casos de tratamentos de doenças como epilepsia.
A partir de agora, pacientes que já obtiveram autorização para importar o canabidiol não precisarão informar a Anvisa a cada novo pedido feito aos fabricantes. A autorização valerá por um ano.
Para isso, a agência reguladora passará a adotar uma lista com produtos cuja importação deve ser facilitada.
Até agora, cinco produtos já fazem parte desta nova lista, os quais correspondem a 95% dos pedidos recebidos pela agência, de acordo com os diretores do órgão.
"Não se trata de uma lista de produtos autorizados ou analisados pela Anvisa, mas sim importados regularmente", disse o diretor-presidente da agência, Jaime Oliveira.
Entram nesse rol produtos como cápsulas e óleos à base de canabidiol mas que também possuem traços de outros canabinoides, como o THC, substância que tem efeitos psicoativos.
A Anvisa, porém, exige que o teor de THC seja inferior ao de canabidiol.
HOSPITAIS
Outra mudança que visa facilitar o processo é a possibilidade de indicar um "intermediário" que importe o produto para o paciente, como hospitais, prefeituras ou planos de saúde.
Para a Anvisa, a possibilidade de comprar o canabidiol por meio de intermediários pode ajudar a reduzir os preços junto aos fabricantes.
O pedido de autorização, no entanto, ainda precisa ser feito pelo paciente ou seus familiares, os quais devem apresentar um laudo técnico sobre o caso, receita médica e termo de responsabilidade. Se obtido, dura até um ano.
A necessidade de obter uma autorização ainda existe porque, embora a Anvisa tenha liberado o canabidiol para uso medicinal em janeiro deste ano, ainda não há produtos à base da substância registrados no Brasil.
Famílias de pacientes reclamam da dificuldade em obter os medicamentos, o que faz com que muitos ainda recorram à compra clandestina. Além das taxas e da exigência de uma série de documentos, um dos impasses é a necessidade de ter que retirar pessoalmente o produto nas agências nos aeroportos.
A Anvisa, porém, descarta a possibilidade de que os produtos à base de canabidiol sejam obtidos por remessa postal.
Isso ocorre, segundo a agência, devido a dificuldades na fiscalização e ao risco de criar uma brecha para entrada de produtos ilegais.


Fonte: CFF (Conselho Federal de Farmácia)
DATA: 23/04/2015

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