quarta-feira, 29 de abril de 2015

Anticoncepcional masculino deve chegar ao mercado em 2017

A Fundação Parsemus, dos Estados Unidos, deve lançar um método contraceptivo para ser utilizado por homens até 2017. O produto está em fase de testes. Segundo os cientistas, o remédio não tem contraindicações e não modifica a produção de hormônios masculinos.
O mecanismo desenvolvido pela empresa consiste na aplicação de um gel, chamado Vasalgel, nos vasos deferentes, que ficam nos testículos. O gel bloqueia a passagem dos espermatozoides, da mesma forma como aconteceria se o homem fizesse uma vasectomia. A diferença é que a situação pode ser revertida com a aplicação de uma injeção de bicarbonato de sódio no local. O medicamento, que pode funcionar por até dez anos, tem custo estimado para a comercialização inferior a US$ 400 (cerca de R$ 1.500).
Até o momento, os testes mostraram que o produto é eficaz em animais, mas as experiências em seres humanos ainda não foram realizadas. A Fundação Parsemus é uma organização norte-americana sem fins lucrativos voltada ao desenvolvimento de medicamentos com baixo custo.
"O Vasalgel é uma ação prolongada, contraceptivo não hormonal semelhante à vasectomia, mas com uma vantagem significativa: é provável que seja mais reversível", afirma a Parsemus, em nota.
Segundo Elaine Lissner, diretora da ONG, a expectativa do produto é reduzir substancialmente o número de gestações não programadas. "Homens possuem, hoje, basicamente as mesmas opções anticoncepcionais que tinham há cem anos. Ou usam camisinha, ou fazem vasectomia, que é permanente. O Vasalgel trata-se de uma nova opção, reversível e acessível", afirmou.
Pesquisa
A pesquisa começou em 2010, depois que a Fundação Parsemus adquiriu os direitos sobre um medicamento chamado RISUG, desenvolvido e comercializado na Índia, há cerca de três décadas. Após pequenas modificações no contraceptivo, a empresa realizou teste bem-sucedidos em coelhos por 12 meses.
No ano passado, a Parsemus aplicou o produto em babuínos, que tiveram acesso irrestrito a 15 fêmeas para copular. Seis meses depois, nenhuma ficou grávida. Os experimentos em macacos continuam a ocorrer e, depois de finalizados, a intenção é testar o produto em humanos.
A Parsemus ressalta, no entanto, que, como a produção do contraceptivo não interessa às grandes indústrias farmacêuticas, as pesquisas dependem da doação de apoiadores. Perto de mil pessoas já doaram e mais de 23 mil assinaram uma lista de apoio à pesquisa, segundo a instituição.
Mudança
Segundo a socióloga Denusa Alcades da Unesp (Universidade Estadual Paulista), a chegada de um contraceptivo masculino ao mercado é importante para que haja uma divisão maior da responsabilidade entre homens e mulheres para evitar a concepção indesejada. "Ainda é comum dizerem que a mulher foi a responsável pela gravidez, que o homem não sabia. A responsabilidade cai toda sobre a mulher. Um método masculino ajuda a equilibrar essa situação, tira o peso que está só nas costas femininas", conta.
Já o psicólogo e sexólogo Daniel Denardi, a medida é importante também para os homens, já que, com isso, eles passam a depender apenas de si para evitar a concepção. "Muitos homens já crescem com a preocupação e a responsabilidade em só conceber um filho quando preparados e gostariam de também ter o poder de controlar esta situação. Com essa tecnologia, isso se torna possível, sem depender da mulher", disse.
Para Denardi, o medicamento poderá ajudar, também, homens que não se adaptam ao sexo com preservativo. "Além disso, há casos onde a mulher não pode utilizar contraceptivos hormonais. Em todos os casos, é uma excelente notícia", conclui.
Fonte: UOL Notícias
Fonte: CRF-PA(Conselho Regional de Farmácia-PA)
DATA: 22/04/2015

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Aprovado nos EUA medicamento genérico para esclerose múltipla



A gigante farmacêutica suíça Novartis anunciou nesta quinta-feira que a Sandoz, subsidiária dedicada a medicamentos genéricos, obteve o sinal verde das autoridades de saúde dos Estados Unidos para uma versão genérica de um tratamento para a esclerose múltipla.
A agência norte-americana que regula os medicamentos (Food and Drug Administration, a FDA) aprovou um medicamento da Sandoz chamado Glatopa, uma versão genérica do Copaxone 20 mg, um tratamento desenvolvido pelo grupo israelense Teva, afirmou a Novartis em comunicado.
O Glatopa, desenvolvido com a empresa de biotecnologia norte-americana Momenta, é a primeira versão genérica deste tratamento aprovada para formas reincidentes de esclerose múltipla.
"A Sandoz, com Momenta, se orgulha de ser a primeira empresa a receber aprovação da FDA para uma versão genérica substituível deste tratamento importante", disse Peter Goldschmidt, presidente da Sandoz EUA, em comunicado.
A esclerose múltipla é uma doença debilitante que afeta cerca de meio milhão de pessoas nos Estados Unidos, segundo a Novartis.
O Copaxone é o carro-chefe grupo israelense Teva, responsável sozinho por cerca de um quinto de sua receita.
O grupo israelense, conhecido como líder mundial em medicamentos genéricos, não poupou esforços para proteger a droga, centro de uma disputa legal com a Sandoz sobre a qual o Supremo Tribunal Federal dos Estados Unidos se pronunciou em janeiro.
Na Bolsa de Nova York, onde o grupo israelense é cotado, o título caiu 3,76%, a 63,49 dólares.
"A Teva reconheceu há algum tempo que uma versão genérica do nosso Copaxone 20 mg/mL poderia entrar no mercado e nós já trabalhávamos com isso", informou um porta-voz, procurado pela AFP.
O grupo lançou uma versão em 40mg, dizendo-se satisfeito com a aplicação e adoção pelos médicos.
Fonte: AFP

Fonte: CRF-PA (Conselho Regional de Farmácia-PA)
DATA: 20/04/2015

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Dipirona Sódica do Laboratório Teuto tem lote suspenso

A Anvisa suspendeu a distribuição, comércio e uso do lote 26581475 do medicamento Dipirona Sódica 500 mg/ml, solução injetável, 2 ml, fabricado pelo Laboratório Teuto Brasileiro S/A.
Conforme o Laudo de Análise Fiscal emitido pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), o medicamento apresentou resultado insatisfatório no ensaio de aspecto por exibir partículas visíveis no líquido.
A medida está na Resolução nº 1242, publicada nesta quarta-feira (22/4) no Diário Oficial da União (DOU).

Fonte: ANVISA-Agência Nacional de Vigilância Sanitária
DATA: 22/04/2015

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Extrato de maconha pode trazer esperança para crianças com epilepsia grave, indica estudo

Crianças com formas severas de epilepsia que não estão respondendo a tratamentos podem encontrar esperança em uma versão líquida da maconha medicinal. É o que indica estudo divulgado nesta segunda-feira, que será apresentado na 67ª Reunião Internacional da Academia Americana de Neurologia, em Washington, DC. O encontro começa no próximo sábado.
A pesquisa - apoiada pelo GW Pharmaceuticals, laboratório fabricante de medicamentos a base de compostos da maconha - teve 213 participantes, incluindo crianças e adultos, com uma idade média de 11 anos. Todos eles eram portadores de epilepsia grave que não respondiam a outros tratamentos. Os participantes tinham doenças como síndrome de Dravet e síndrome de Lennox-Gastaut, tipos de epilepsia que podem levar à deficiência intelectual e convulsões ao longo da vida.
Os participantes receberam diariamente, por via oral, um extrato líquido a base de canabidiol (CBD), composto da maconha que não possui efeitos psicoativos. Todos os participantes sabiam que estavam recebendo o remédio no estudo, que foi elaborado para determinar se a droga era segura e bem tolerada.
Os resultados mostraram melhoria nos quadros dos participantes. Para as 137 pessoas que completaram o estudo de 12 semanas, o número de convulsões teve uma redução média de 54%. Entre os 23 portadores de síndrome de Dravet que participaram, a queda foi de 53%. Para os 11 com síndrome de Lennox-Gastaut, o número das chamadas apreensões átonas, que causam uma perda súbita do tônus muscular, a diminuição foi de 55%.
Doze pessoas (6% do total) pararam de tomar o remédio devido aos efeitos colaterais. As consequências indesejadas do uso da droga, que ocorreram em mais de 10% dos participantes, incluíram sonolência (21%), diarreia (17%), cansaço (17%) e diminuição do apetite (16%).
De acordo com Orrin Devinsky, diretor do Centro de Epilepsia da Universidade de Nova York e membro da Academia Americana de Neurologia, a eficácia da droga ainda deverá ser testada em novos estudos, com uso de placebo, por exemplo.
- Até agora tem havido poucos estudos formais sobre esse extrato de maconha - afirmou. - Os resultados são de grande interesse, especialmente para as crianças e seus pais, que têm buscado uma resposta para esses ataques debilitantes.
TEMA MOBILIZA MÃES E PAIS NO BRASIL
No Brasil, mães e pais de crianças com epilepsia têm se mobilizado em prol da legalização da maconha medicinal. Em janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou resolução que tirou o canabidiol da lista de substâncias proibidas, o que não significa a concessão automática de registro de remédios feitos a partir de CBD. Ativistas argumentam que ainda são necessários novos avanças, como diminuir as restrições para a prescrição médica, reclassificar o THC e outros compostos da maconha, e regulamentar o cultivo para fins medicinais.
Fonte: O Globo
Fonte: CRF-PA (Conselho Regional de Farmácia-PA)
DATA: 20/04/2015

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