sexta-feira, 20 de março de 2015

Vacina contra dengue pode sair em 2016

A candidata a vacina contra dengue que está mais adiantada é a da farmacêutica francesa Sanofi. Em novembro do ano passado, foram divulgados os resultados de um estudo que envolveu 20.869 crianças e adolescentes da América Latina, inclusive do Brasil. os resultados mostram que a vacina foi capaz de prevenir, em média, 60,8% dos casos de dengue em geral e 95,5% dos casos graves.
A vacina teve níveis de proteção diferentes para cada sorotipo. Para o sorotipo 1, a proteção foi de 50%; para o sorotipo 2, foi de 42%; para o sorotipo 3 foi de 74% e para o sorotipo 4 foi de 77,7%.
Segundo Sheila Homsani, gerente do departamento médico da Sanofi Pasteur, divisão de vacinas da empresa, a expectativa é que a vacina esteja disponível para a população no início de 2016. Ela afirma que os documentos necessários para o registro devem ser entregues para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda neste semestre.
“Geralmente a Anvisa leva alguns meses para analisar porque são muitos documentos. A gente imagina que no início do ano que vem ela possa ser liberada”, diz. Segundo ela, foram 20 anos de pesquisa até se chegar a esse estágio.
A base do produto da Sanofi é a vacina contra febre amarela, que recebe um envoltório das proteínas que desencadeiam a resposta imunológica de cada um dos vírus da dengue. Para ser eficaz, ela deve ser aplicada em três doses, com intervalo de seis meses.
A empresa já inaugurou uma fábrica em Lyon, na França, dedicada exclusivamente à produção de vacina contra a dengue, com capacidade de produzir 100 milhões de doses por ano.
Instituto Butantan e NIH: fase 2 em humanos
Outra iniciativa é resultado de uma parceria entre o Instituto Butantan e os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH). O projeto já está na fase 2 de pesquisa clínica. Trata-se da segunda fase de testes com voluntários humanos  (para submeter o produto à Anvisa, é preciso apresentar os resultados da fase 3, em que um número bem maior de voluntários recebe a vacina experimental).
A ideia é que 300 voluntários sejam vacinados nesta etapa. Até o momento, 154 já receberam a vacina. Alguns aguardam resultados de testes laboratoriais que devem ser feitos antes de receberem a dose experimental e novos voluntários ainda estão sendo recrutados por instituições como a Faculdade de Medicina da USP.
Segundo Alexander Precioso, diretor da Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Butantan, esta fase deve terminar em até 60 dias e, logo em seguida, começará o preparo para a fase 3 de pesquisa. “Os resultados da fase atual têm demonstrado que estamos trabalhando com uma vacina bastante segura, com o perfil adequado”, diz o pesquisador. “A vacina tem apresentado uma resposta bastante balanceada para os quatro tipos de vírus.”
A vacina do Butantan e do NIH é feita com os próprios vírus da dengue, que foram modificados para que a pessoa desenvolva anticorpos contra os quatro sorotipos sem desenvolver os sintomas relacionados a eles. Precioso acrescenta que os testes têm mostrado que bastará uma dose para que a vacina seja eficaz.
Fiocruz
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está envolvida em dois projetos de pesquisa na busca de uma vacina. Um deles, coordenado por Bio-Manguinhos, é resultado de uma parceria com a farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK).
O outro, coordenado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), é o único no mundo que combina duas estratégias de imunização em uma mesma vacina. Testes com camundongos revelaram que o produto foi 100% eficaz contra o tipo 2 da dengue.
Testes em primatas estão previstos para o segundo semestre de 2015. Caso essa etapa também obtenha resultado positivo, os cientistas começarão a desenvolver fórmulas que sejam eficazes contra cada um dos quatro sorotipos. Assim, ao final, a vacina será composta por quatro fórmulas e poderá imunizar contra todos os tipos de dengue.
Takeda: fase 3 em breve
A farmacêutica japonesa Takeda também está na corrida pelo desenvolvimento de uma vacina contra dengue. A empresa comprou, em 2013, a americana Inviragen, que estava desenvolvendo uma vacina contra a dengue.
De acordo com o laboratório, a vacina tetravalente (que previne conta os quatro sorotipos da dengue) em estudo pela Takeda é "uma vacina quimérica recombinante baseada em uma forma atenuada do vírus da dengue 2, que fornece o 'esqueleto' genético para todos os quatro vírus da dengue".
Testes clínicos de fase 1 e 2 vem sendo feitos nos últimos anos. "A vacina tetravalente contra a dengue da Takeda está atualmente em fase avançada de estudos para testar a sua eficácia e segurança e entrará em fase 3 de testes clínicos em breve", afirmou a companhia, em nota enviada por e-mail.
Fonte: G1


Fonte: CRF- PA
DATA: 18/03/2015

REFERÊNCIA:




Falta de vacinas atinge ao menos 6 Estados

Postos de saúde e hospitais de diferentes pontos do país já enfrentam falta de até seis tipos de vacinas uma delas de administração obrigatória para recém-nascidos.
O desabastecimento já atinge ao menos seis Estados, mas pode se estender para todo o país caso os estoques continuem baixos, segundo entidades e secretarias de Saúde ouvidas pela Folha.
O problema ocorre devido a atrasos na distribuição ou após repasses em quantidade menor desde o início do ano, algumas vacinas são entregues pelo Ministério da Saúde em doses que variam de 50% a 90% abaixo da média mensal utilizada.
A situação é mais grave para pais que procuram a vacina BCG, que protege bebês contra tuberculose. Especialistas recomendam que ela seja ministrada logo após o nascimento ou ainda no primeiro mês de vida.
O problema afeta o Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso, Tocantins, Minas Gerais e Pernambuco, onde pacientes já relatam falta da BCG e outras vacinas em alguns postos de saúde. Outros Estados convivem com estoques baixos e risco de desabastecimento.
Em São Paulo, a quantidade recebida neste mês de vacina tetraviral (contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela), por exemplo, ficou cerca de 70% abaixo do esperado. Se não chegar em até duas semanas, pode faltar vacina, diz a secretaria de Saúde.
Do mesmo modo, a pasta confirma que só recebeu 10% do que pediu de vacinas contra febre amarela das 300 mil doses solicitadas, só 30 mil foram entregues, afirma. Situação semelhante ocorre em Rondônia e no Distrito Federal, por exemplo.
Para amenizar o problema, unidades de saúde passaram a agendar dias e locais para aplicar as vacinas até então disponíveis a qualquer hora. A medida visa evitar o desperdício de doses. Após abertos, frascos de algumas vacinas, como a BCG, têm validade de até seis horas. "Se formos vacinar todos os dias, daqui a dez dias não temos mais vacina no Estado", afirma Ivo Barbosa, coordenador estadual de imunização em Rondônia.
Em Belo Horizonte, a prefeitura estipulou um rodízio de vacinação de BGC entre centros de saúde. A administração disse ter solicitado em março 21 mil doses ao ministério, via secretaria estadual da Saúde, mas recebeu "quantidade inferior". O restante, não especificado, é esperado para hoje (18/3).
A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai, diz que a situação é "atípica" e já atinge também a rede privada. "Há muito tempo não vejo uma situação dessas", afirma.
Falha de produção alterou entrega, diz ministério
O Ministério da Saúde afirmou, em nota, que, "devido a problemas de produção" de algumas vacinas, está readequando o cronograma de distribuição aos Estados.
Sobre a vacina BCG, a pasta afirma que deve enviar, até o fim deste mês, 1,3 milhão de doses às secretarias estaduais de saúde, que as repassam para os municípios.
Também está previsto o envio de 180 mil doses de vacina contra febre amarela o valor, porém, é inferior ao solicitado apenas pelo Estado de São Paulo, por exemplo.
Para resolver o problema, o ministério afirma que deve receber dos fornecedores mais 2 milhões de doses, que ainda precisam passar por análise do INCQS (órgão de controle da qualidade). Não há previsão de entrega.
O ministério informa que recebeu 4,9 milhões de doses contra difteria e tétano, cuja distribuição também depende de análise do INCQS. Sobre a tetraviral, a pasta afirma que "está enviando aos Estados, neste mês, 300 mil doses da vacina, atendendo a média mensal". A pasta não respondeu sobre a vacina HIB. Já a antirrábica deve ser enviada ainda neste mês, na quantidade pedida pelos Estados.
Fonte: Folha de S.Paulo
Autor: NATÁLIA CANCIAN


Fonte: CFF (Conselho Federal de Farmácia)
DATA: 18/03/2015

REFERÊNCIA:




OMS lança recomendações sobre hepatite B, que mata 650 mil por ano.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou esta quinta-feira seu primeiro guia de recomendações para o tratamento da hepatite B crônica, uma doença viral que ataca o fígado e mata 650 mil pessoas por ano.
Segundo a OMS, a maioria das vítimas está nos países de baixa e média renda e no mundo, 240 milhões de pessoas convivem com a hepatite B crônica. Os índices mais altos de pacientes estão na África e na Ásia e a agência da ONU lembra que a doença aumenta os riscos de morte por cirrose ou por câncer de fígado.
Testes
Existem medicamentos eficazes para ajudar os pacientes a não desenvolver essas condições, mas muitas pessoas não têm acesso, ou os países não têm uma orientação clara sobre o tratamento.
A OMS quer mudar o quadro e recomenda às nações uma série de medidas. A primeira orientação é o uso de testes não invasivos para avaliar o estágio da doença do fígado e assim, identificar quem precisa de tratamento.
Genéricos
Outra recomendação é priorizar o tratamento dos pacientes com cirrose. A OMS também indica o uso do tenofovir ou do entecavir, remédios eficazes para o tratamento da hepatite B crônica.
A agência explica que são medicamentos com poucos efeitos colaterais e apenas um comprimido por dia já é suficiente, sendo que há versões genéricas que chegam a custar apenas US$ 5 por mês. O tenofovir é também utilizado para o tratamento do HIV.
Vacinação
A OMS destaca que vários países estão desenvolvendo programas de tratamento da hepatite B, por isso a agência pede que se melhore o acesso aos medicamentos e seja garantido o tratamento de qualidade.
Segundo a agência da ONU, o tratamento pode prolongar a vida das pessoas com hepatite B e também prevenir novas infecções. Outra recomendação é para que todas as crianças sejam vacinadas e a primeira dose seja dada no nascimento.
Alguns países na Ásia conseguiram reduzir a infecção de hepatite B em menores por meio da vacinação universal. O desafio agora é aumentar esforços para que todas as crianças do mundo sejam protegidas do vírus.
Outra rota de infecção é pela reutilização de seringas e agulhas. Recentemente, a OMS lançou uma nova política para injeções seguras, defendendo "seringas inteligentes", que não podem ser reutilizadas.
Fonte: Leda Letra
Autor: Rádio ONU
Fonte: CFF (Conselho Federal de Farmácia)
DATA: 16/03/2015

REFERÊNCIA:
Disponível em:
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=2645&titulo=OMS+lan%C3%A7a+recomenda%C3%A7%C3%B5es+sobre+hepatite+B%2C+que+mata+650+mil+por+ano

Coperalcool Higienizador de mãos tem lote interditado

A Anvisa realiza interdição em todo território nacional do lote nº 1008591312 do produto Coperalcool Higienizador de Mãos da Companhia Nacional de Álcool.
O produto apresentou resultados insatisfatórios nos ensaios de rotulagem e pH no laudo emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF).
A medida está na Resolução nº 794, publicada nesta segunda-feira (16/3) no Diário Oficial da União (DOU).

Fonte: ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA)
DATA: 16/03/2015

REFERÊNCIA:
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