segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Adesivo repelente de alta tecnologia deve ser lançado ano que vem

No Alasca, mosquitos superam as pessoas numa proporção de 24 milhões para um. Isso faz do estado americano um ótimo lugar para testar as últimas defesas contra os bichinhos. Em um experimento, a jornalista americana Jennifer Jolly, do jornal “The New York Times”, utilizou produtos mais recentes do mercado: pulseiras seguras para crianças feitas com óleos vegetais, ventiladores com o repelente embutido, roupas tratadas quimicamente e o bom e velho inseticida. Por fim, testou um adesivo de alta tecnologia que só deve ser lançado no ano que vem, o qual creditou como tendo os melhores resultados.
O produto, de cheiro parecido ao de cravo-da-índia, confunde os sentidos do mosquito, obstruindo sua habilidade de nos localizar pelo dióxido de carbono que exalamos e confundindo a capacidade de nos achar de perto. A substância foi muito eficaz no laboratório, mas o teste decisivo será feito quando for usada em todos os cantos recobertos de mosquitos do planeta. A versão branda do composto do laboratório Kite, em Riverside, Califórnia, a ser lançada em 2016, é feita com odores baseados em plantas, o que não exige aprovação da Agência de Proteção Ambiental. Uma versão mais forte aguarda aprovação regulatória para 2017.
Uma equipe de cientistas e empreendedores do setor tecnológico está dando os toques finais no adesivo, para ser usado na roupa, que “praticamente torna os humanos invisíveis para os pernilongos”, segundo a jornalista.
As apostas são altas. Até agora, 40 estados americanos registram casos de febre do Nilo Ocidental. Segundo a Organização Mundial da Saúde, os mosquitos permanecem como os animais mais mortais do planeta, transmitindo doenças como a do Nilo Ocidental, chicungunha e malária que matam mais de um milhão de pessoas por ano. Qualquer tecnologia nova para repelir de forma eficaz e consistente os pernilongos não vai apenas tornar os verões mais confortáveis – também salvará vidas.
O primeiro teste da jornalista contra mosquitos foi com uma série de pulseiras coloridas, seguras para crianças, embebidas em óleos vegetais naturais, tais como citronela, gerânio, capim-limão e hortelã. Jennifer experimentou o bracelete chamado Buglet, disponível em uma série de cores e com "personagens animais fofinhos". Também testou o de plástico mais modesto chamado Bugband e a versão com velcro chamada Parakito. Segundo ela, todos tinham cheiro bom e ótimo visual, mas não afastaram os bichos por muito tempo. Embora não pousassem diretamente nas pulseiras, não se intimidavam em vir comer a poucos centímetros dali.
Há, ainda, como reportou, o Off Clip On – um ventilador do tamanho de um celular encaixado na parte de cima da calça ou em um bolso. Gire o botão e ele circula um repelente sem cheiro feito com metoflutrina. O aparelho custa menos de US$ 10, com pilhas inclusas. Segundo a embalagem, contém repelente suficiente para 12 horas. A seguir, vestiu roupa com permetrina, substância sintética que atua como os extratos naturais da flor do crisântemo e mata insetos quando é perfurada. Usou moletom e calça da Exofficio. A roupa funcionou “razoavelmente bem”, mas embora os mosquitos não a tenham penetrado, eles se mostravam "perfeitamente à vontade" para voar ao seu redor e, às vezes, "pousar em qualquer pedaço de pele nua que pudessem encontrar".
Para Jennifer, a única coisa que funcionou bem de verdade é algo que já funcionava bem 40 anos atrás: inseticida com DEET. No entanto, a outra opção promissora – um adesivo que praticamente cria um campo de força repelente aos pernilongos ao redor do corpo – estará disponível até o próximo verão.


Fonte: CRF-RJ (Conselho Regional de Farmácia-Pará)
DATA: 17/08/2015

REFERÊNCIA:
Disponível em:




Pesquisador sugere glutamato monossódico para substituir o sal de cozinha

O sal de cozinha é a “ambrosia dos deuses” para o paladar do brasileiro. Disso não há dúvidas: consumimos, em média, 12g de sal por dia, enquanto a Organização Mundial da Saúde recomenda no máximo 5g. Uma alternativa para mudar esse cenário, entretanto, pode estar em um ingrediente ainda pouco comum dentro de casa, mas capaz de substituir o cloreto de sódio, já que tem aspecto e sabor parecidos. O glutamato monossódico é uma substância que deixa os alimentos mais saborosos e tem apenas 1/3 da concentração de sódio encontrada no sal de cozinha. “Usar mais glutamato monossódico na preparação da comida, e menos cloreto de sódio, ajuda a prevenir uma série de doenças ligadas à pressão arterial”, sugere o pesquisador Felix Reyes, doutor em Ciência de Alimentos da Unicamp. A constatação não poderia ser mais importante, porque doenças crônicas como hipertensão são responsáveis por até 72% das mortes no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde.
O professor deu palestra sobre o tema nesta quinta-feira, dia 13, no 23º Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão, que vai até sábado. Segundo Reyes, é preciso que o brasileiro mude sua alimentação, dando preferência a pratos em que o gosto umami se sobreponha ao gosto salgado. O umami foi reconhecido cientificamente em 2000 como o quinto gosto básico — ao lado do doce, o salgado, o amargo e o azedo. E uma das principais substâncias que geram o gosto umami é justamente o glutamato monossódico.
Como o senhor pode explicar exatamente o que é o umami?
O primeiro cientista a relatar a existência do umami (que, em língua japonesa, significa “gosto saboroso”) foi o japonês Kikunae Ikeda, em 1908. Mas demorou bastante tempo até que houvesse evidências científicas que provassem a existência de receptores na língua para sentir esse gosto. Em 2000, conseguiu-se isso. Hoje, é unanimidade que o gosto umami provoca um aumento de salivação na cavidade bucal, o que é importante para o processo de digestão do alimento. Ele também contribui para melhorar o sabor dos pratos e manter por mais tempo a sensação e a intensidade do sabor. Torna a comida mais palatável, por isso pode ser usado como tempero.
Em que alimentos podemos sentir o umami?
Em carnes vermelhas, peixes e outros frutos do mar, no queijo parmesão, no tomate, em cogumelos. Muitas pessoas só gostam de shiitake, por exemplo, porque ele tem guanilato, que também é uma substância responsável pelo umami. Em geral, três substâncias são fundamentais para obtermos o gosto umami: o glutamato monossódico, o inosinato e o guanilato. O primeiro é o mais comum, no entanto. Assim como a gente associa sacarose com doce, e cloreto de sódio com salgado, pode-se associar também glutamato monossódico com umami.
O senhor diz que o glutamato monossódico é um importante aliado para a redução de sódio. Por quê?
O glutamato é considerado um aditivo alimentar, substância que a gente adiciona no preparo do alimento para melhorar seu sabor. Aliás, não devemos confundir gosto com sabor: do primeiro, só existem os cinco básicos, já sabores há aos montes, inclusive combinando vários gostos. Eu digo que a adição de glutamato ao alimento diminui a ingestão de sódio porque ele tem só 1/3 da quantidade de sódio existente no sal de cozinha. O glutamato pode, grosso modo, substituir metade de todo o sal que as pessoas utilizam. Dessa forma, o sabor que elas encontram nos alimentos não iria mudar muito, mas a quantidade de sódio que elas ingerem iria diminuir radicalmente.
Isso ajudaria a prevenir doenças?
Sim, a começar pela hipertensão arterial, porque uma dieta com menos sódio evita o aumento da pressão. No Brasil, consumimos sal em excesso, estamos acostumados a ele. E não é só o sal que a gente coloca na salada, por exemplo, mas os alimentos industrializados também contêm muito sódio. A gente precisa se reeducar para minimizar nossos problemas. O glutamato monossódico é uma das alternativas viáveis para isso, que pode ser feita tanto em casa quanto pela indústria.
É fácil comprar o glutamato monossódico?
Dá para comprar no mercado. É um pouco mais caro do que o sal de cozinha comum, mas muito mais benéfico à saúde. E a vantagem é que pode-se usar com as mesmas medidas do sal. Uma colher de sal, por exemplo, tem o mesmo efeito de tempero de uma colher de glutamato. Então, o modo de preparo das refeições não precisa ser alterado. (O preço de um saco de 1kg de glutamato é R$ 28, 76, segundo a Nielsen)
Existe alguma parte específica da língua em que podemos sentir o gosto umami gerado pelo glutamato?
A ideia de que a língua está dividida em áreas sensoriais já caiu por terra. Não se acredita mais, cientificamente, que os receptores do doce fiquem concentrados na ponta da língua etc. Hoje, entendemos que todas as papilas gustativas estão uniformemente espalhadas.
A indústria já começou a intensificar o uso de glutamato monossódico?
Sim, ela vem aos poucos sofrendo uma pressão nos últimos anos para reduzir as concentrações de sódio de seus produtos. Evidentemente que, para a indústria, a substituição total não é fácil porque é preciso encontrar a proporção ideal entre cloreto de sódio e glutamato para não modificar muito o sabor dos alimentos. Mas precisamos entender também que é necessário aprendermos a gostar de alimentos menos salgados. Isso é algo muito cultural, desde pequenas as crianças são ensinadas a gostar de alimentos com sal.
O glutamato é uma substância segura?
Ele tem sido associado a dores de cabeça, mas tudo isso é mito. Ele é muito seguro. A Anvisa permite o seu uso sem restrições. Nos EUA, o órgão que seria o equivalente à Anvisa considera o glutamato uma substância segura também.


Fonte: CRF-PA (Conselho Regional de Farmácia-Pará)
DATA: 17/08/2015

REFERÊNCIA:
Disponível em:



Medicamento reduz em 80% o risco de amputação para pacientes com úlcera do pé diabético



Mais de 43 mil pacientes já estão sendo medicados com o Heberprot-P, uma nova droga criada em Cuba que promete reduzir em até 80% o risco de amputação dos pés de pacientes diabéticos, segundo as autoridades cubanas de saúde.
De acordo com a Fundação Mundial de Diabetes, cerca de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem com a doença. E mais de metade dos pacientes não conseguem manter seus níveis de glicose sob controle, aumentando o risco de complicações, tais como cegueira, insuficiência renal e amputações.
A cada ano, entre 15% e 30% dos pacientes que apresentam úlcera do pé diabético (DFU) — uma ferida crônica no pé que ocorre em decorrência a uma complicação da doença — precisam amputar o membro inferior, geralmente afetado por infecção e gangrena.
O Heberprot-B é um medicamento injetável, criado no Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), em Havana, que começou a ser aplicado maciçamente no sistema de saúde cubano em 2007, como parte de um programa de assistência primária aos pacientes com úlcera diabética.
Durante 2015, o sistema de saúde cubano tem prestado assistência a 6.859 pacientes utilizando a nova droga, que é administrada por injeção intralesional para acelerar a cicatrização de úlceras profundas e complexas, tanto neuropáticas quanto isquêmicas. O tratamento é feito durante dois meses, com três aplicações semanais de injeção diretamente no local da ferida. Desde que o novo medicamento começou a ser utilizado em Cuba, os casos de amputação de pés de pacientes com úlceras diabéticas foram reduzidos em mais de 80%.
As úlceras diabéticas seguidas de amputação são complicações muito temidas pelos pacientes, já que mais de 50% dos doentes que sofrem com esse problema não costuma ter mais de cinco anos de vida. O Heberprot-P tem como ingrediente ativo o fator de crescimento humano recombinante, e a eficácia do produto foi demonstrada em um estudo com mais de 4 mil pacientes.

Fonte: CRF-PA (Conselho Federal de Farmácia-Pará)
DATA: 17/08/2015

REFERÊNCIA:
Disponível em: