terça-feira, 22 de outubro de 2013

Anvisa divulga composição da vacina contra gripe de 2014

      A Anvisa divulgou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 46/2013, que trata sobre as determinações que deverão ser adotadas para as vacinas da gripe que serão utilizadas no Brasil em 2014.
         A composição da vacina contra a gripe é atualizada a cada ano, de acordo com os vírus circulantes, para garantir a eficácia do produto. A resolução está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o Hemisfério Sul.
          As vacinas influenza trivalentes, que começarão a ser utilizadas no Brasil a partir de fevereiro de 2014 deverão conter, obrigatoriamente, três tipos de cepas de vírus em combinação: um vírus similar ao vírus influenza A/California/7/2009 (H1N1)pdm09, um vírus similar ao vírus influenza A/Texas/50/2012 (H3N2) e um vírus similar ao vírus influenza B/Massachusetts/2/2012.
         Já as vacinas influenza quadrivalentes deverão conter os três vírus descritos anteriormente e um vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008. É importante salientar que as cepas A/Christchurch/16/2010 são similares às cepas de vírus A/California/7/2009.
         Somente poderão ser produzidas, comercializadas ou utilizadas as vacinas influenza que estiverem de acordo com as determinações e nas composições específicas descritas na RDC. Ainda de acordo com a Resolução, é proibida a utilização de quaisquer outras cepas de vírus em vacinas da gripe
no país. As vacinas atualmente comercializadas ou fabricadas fora destas determinações deverão ser retiradas do mercado.
           A RDC nº46/2013 está no Diário Oficial da União (DOU).

FONTE: ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA)
Data: 21/09/2013

REFERÊNCIA
http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2013+noticias/anvisa+divulga+composicao+da+vacina+contra+gripe+de+2014

Tylenol causa 150 mortes por ano nos EUA, diz ONG

     Um levantamento feito pela organização sem fins lucrativos Pro Publica, dos EUA, mostra que, de 2001 a 2010, cerca de 150 americanos morreram por ano por intoxicação após o consumo de paracetamol, princípio ativo do analgésico Tylenol.
    Segundo a Pro Publica, que consultou dados dos CDCs (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), essas mortes ocorreram por ingestão acidental de doses maiores do que as recomendadas na bula.
     O problema, diz a organização, é que a diferença entre a dose máxima por dia para adultos (4 g) e a quantidade que pode causar danos ao fígado é pequena, facilitando a overdose acidental.
    Outro problema é que a FDA (agência reguladora de remédios nos EUA) demorou muito para incluir na bula alertas importantes sobre o uso da droga, em especial para pessoas que bebem álcool regularmente ou tomam outros remédios.
           FÍGADO
       O paracetamol é metabolizado no fígado. Em caso de doses excessivas ou de pessoas desnutridas, que bebam álcool regularmente ou que tomem outros remédios, esse metabolismo produz uma substância tóxica que pode levar à falência hepática.
     No Brasil, segundo o hepatologista Raymundo Paraná, não há dados sólidos sobre intoxicações por paracetamol, mas a Sociedade Brasileira de Hepatologia está iniciando um estudo em oito centros de referência para doenças do fígado e em uma unidade básica de saúde para medir sua ocorrência.
       O hepatologista, que é professor da faculdade de medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia), afirma que a dose máxima do remédio deveria ser reduzida de 4 g por dia para 3 g.
       "É uma droga segura, mas se usada no limite terapêutico. Até 3 g por dia não causa problemas. Entre 3 g e 4 g já houve casos [de intoxicação] em pacientes que usavam outras medicações."
       Ele destaca que o efeito colateral causado pelo paracetamol é previsível e proporcional à dose tomada, diferentemente dos problemas que podem ocorrer com o uso do analgésico que encabeça a lista dos remédios mais vendidos no Brasil, a dipirona.
      A droga já foi ligada a um problema raro que leva a medula óssea a parar de produzir células de defesa. Nos EUA e em alguns países da Europa, a dipirona não é vendida.
     Já para Aurélio Saez, diretor de relações institucionais da Abimip (associação de fabricantes de remédios isentos de prescrição), o fato de o Brasil e outros países onde a dipirona é vendida não terem números tão grandes de intoxicação por paracetamol fala a favor da dipirona.
    Mas ele lembra que nos EUA e em outros países com altas taxas de intoxicação por paracetamol, é comum o uso desse remédio em tentativas de suicídio.
            OUTRO LADO
       Em nota, a Johnson&Johnson, fabricante do Tylenol, afirma que, quando usado de acordo com a bula, o paracetamol tem "um dos melhores perfis de segurança entre os analgésicos isentos de prescrição". Mas, como qualquer remédio, pode trazer riscos acima das doses recomendadas. "Os consumidores devem sempre ler a bula, não ingerir mais do que a dose recomendada e seguir sempre a orientação de um médico."
       À Pro Publica, a FDA admitiu que houve demora em acrescentar alertas às bulas do Tylenol, mas que isso foi feito conforme a evolução das evidências científicas.

FONTE: CFF (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA)
Data: 19/10/2013

REFERÊNCIAS

 http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1390&titulo=Tylenol+causa+150+mortes+por+ano+nos+EUA%2C+diz+ONG

 http://www.propublica.org/article/tylenol-mcneil-fda-use-only-as-directed

 http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/10/1357781-tylenol-causa-150-mortes-por-ano-nos-eua-diz-ong.shtml