segunda-feira, 16 de março de 2015

Os esconderijos do HIV

Pesquisadores da Emory Uni-versity, nos Estados Unidos, anunciaram na última semana um passo importante em direção ao melhor controle da Aids. Eles conseguiram, pela primeira vez no mundo, usar um exame de imagem para identificar os locais do corpo onde o HIV, o vírus responsável pela doença, pode continuar a se esconder mesmo depois de iniciado o tratamento com as drogas anti-retrovirais. Encontrar esses esconderijos é uma etapa fundamental rumo à cura da doença. Hoje, apesar da extrema eficácia do coquetel de drogas e de muitos pacientes apresentarem níveis de carga virais muito baixas, sabe-se que concentrações de vírus permanecem presentes em diversos pontos do organismo. São os chamados reservatórios. A grande dificuldade é mapeá-los e criar formas de destruir o HIV dentro deles.
O método testado foi o PET Scan, um dos exames de imagens mais modernos disponíveis. O experimento foi feito em macacos portadores do SIV submetidos à terapia antiviral. O SIV é um vírus considerado uma espécie de HIV de macacos por apresentar características muito semelhantes ao agente que ataca os seres humanos. É usado de forma padrão nos estudos sobre a Aids que antecedem a etapa das pesquisas em pessoas. O corpo todo das cobaias foi mapeado. O retrato revelou a presença de uma proteína associada ao vírus em pontos como o nariz, órgãos reprodutivos, rins e pulmões. "A técnica nos permitiu detectar áreas que até hoje haviam recebido pouca atenção", disse à ISTOÉ François Villinger, líder do trabalho. Análise feita após a morte dos animais comprovou a presença do vírus em células dos locais apontados pelo PET Scan.
O cientista está otimista em relação ao potencial do exame para contribuir com a cura. "Poderemos usá-lo para descobrir a presença residual do HIV em pacientes que tomam os remédios", acredita. "E tirar a medicação pouco a pouco quando for possível." Villinger e seu time já preparam o teste de eficácia do PET Scan para visualizar o HIV em seres humanos.
Fonte: IstoÉ

Fonte: CFF ( Conselho Federal de Farmácia)
DATA: 16/03/2015

REFERÊNCIA:
Disponível em:
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=2644&titulo=Os+esconderijos+do+HIV




Diabetologia: estatina pode aumentar risco de diabetes mellitus em 46%, de acordo com o estudo METSIM








Um total de 8.749 participantes não-diabéticos, com idade entre 45 e 73 anos, foram acompanhados por cerca de seis anos. A diabetes foi diagnosticada em 625 homens (casos novos) por meio de um teste oral de tolerância à glicose (TOTG), HbA1c ≥ 6.5% (48 mmol/mol) ou por medicação hipoglicemiante iniciada durante o acompanhamento (follow-up). A sensibilidade à insulina e a secreção de insulina foram avaliadas com índices derivados do TOTG.
Os participantes sob tratamento com estatinas (n=2.142) tiveram um aumento de 46% no risco de diabetes tipo 2. O risco foi dependente da dose de sinvastatina e atorvastatina usadas. O tratamento com estatinas aumentou significativamente a glicemia pós-prandial e o TOTG durante o tempo da concentração do fármaco no plasma, com um aumento significativo na glicemia de jejum (FPG). A sensibilidade à insulina foi reduzida em 24% e a secreção de insulina em 12% em indivíduos em tratamento com estatinas, em comparação com indivíduos sem tratamento com estatina (p<0,01). A diminuição na sensibilidade à insulina e na secreção de insulina foi dependente da dose de sinvastatina e atorvastatina usadas.
Concluiu-se que o tratamento com estatinas aumentou o risco de diabetes tipo 2 em 46% nos pacientes estudados. Estas medicações foram atribuídas a uma diminuição da sensibilidade à insulina e da secreção de insulina.

Fonte: NEWS MED
DATA: 13/03/2015

REFERÊNCIAS:
Disponível em:
<http://www.news.med.br/p/medical-journal/747742/diabetologia-estatina-pode-aumentar-risco-de-diabetes-mellitus-em-46-de-acordo-com-o-estudo-metsim.htm>

http://www.diabetologia-journal.org/

Pesquisadores propõem terapia que poderia reverter Alzheimer


BRISBANE, AUSTRÁLIA - Uma equipe de cientistas acredita estar no caminho de encontrar uma primeira terapia contra o mal de Alzheimer. Eles realizaram um experimento que recuperou a memória de camundongos com a enfermidade, utilizando ondas de ultrassom direcionadas ao cérebro do animal. As informações foram divulgadas ontem na revista “Science Translational Medicine”.
Os pesquisadores conseguiram corroer as chamadas placas de proteína beta-amiloide, que se acumulam no cérebro do animal doente, afetando as sinapses entre os neurônios e levando à morte essas células cerebrais. O processo é responsável pela perda progressiva das funções cognitivas e funcionais do corpo em animais e humanos, sintoma característico da doença.
Para penetrar temporariamente essas barreiras e limpar os acúmulos de proteína, os cientistas utilizaram um exame de ultrassom de alta energia combinado à injeção de microbolhas no sangue da cobaia, que vibravam em resposta às ondas emitidas pelo aparelho. Depois de várias semanas de tratamento dos ratos, que eram geneticamente modificados, os cientistas notaram que o ultrassom limpou 75% das placas acumuladas nos animais, sem dano aparente ao seu tecido cerebral.
—Quando se remove esse acúmulo de beta-amiloide em ratos, como mostramos, a memória melhora. Mas em humanos é mais difícil, porque nosso cérebro é mais complexo, assim como a cognição humana — afirmou ao canal ABC o pesquisador Gerhard Leinenga, do Instituto do Cérebro da Universidade de Queensland, na Austrália, e autor do estudo. — Mas acreditamos que, se você reduzir esses acúmulos precocemente, quando eles estão começando a se formar num cérebro humano, pode resgatar a memória do paciente.
Embora ainda haja algum debate sobre se as placas são uma causa ou apenas um sintoma da doença de Alzheimer, o experimento constatou, por meio de três testes diferentes, que os ratos tratados mostraram melhoria da memória.
A técnica funciona estimulando as células microgliais, que fazem parte do sistema imunológico do cérebro, e absorveriam as placas. Goetz sublinhou que o seu trabalho está em um estágio muito precoce e que ainda faltariam vários anos antes que pudesse ser testado em pessoas. O próximo passo é tratar ovelhas, com os resultados esperados ainda para este ano.
Fonte: O Globo

Fonte: CFF (Conselho Federal de Farmácia)
DATA: 13/03/2015

REFERÊNCIA:
Disponível em:
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=2641&titulo=Pesquisadores+prop%C3%B5em+terapia+que+poderia+reverter+Alzheimer