quinta-feira, 20 de agosto de 2015

‘Viagra feminino’ é liberado por agência americana



A prescrição do Addyi, medicamento conhecido como 'viagra feminino', foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), agência norte-americana que regulariza remédios no país. A droga tem como objetivo aumentar o desejo sexual das mulheres mas seu processo para atingir este resultado é bastante diferente quando comparado ao seu paralelo masculino.
A flibanserina, droga que poderá ser utilizada pelas americanas no Addyi, regula os níveis de neurotransmissores do humor. Já o Viagra e seus similares atuam contra a impotência, vascularizando a área genital e, apenas indiretamente, aumentando o desejo sexual, por aumentar a autoestima e a sensação de poder a partir da ereção.
O desejo sexual feminino ainda é pouco conhecido pela ciência, e há nítidas diferenças em relação ao do homem. Enquanto no caso deles, o desejo é geralmente espontâneo, o delas é mais complexo e depende de fatores externos ao ato sexual, como saúde física e emocional, condição socioeconômica e vínculo afetivo.
A FDA sofreu uma campanha intensa para aprovar o medicamento. A agência foi acusada de ser machista por aprovar o remédio masculino e não liberar o feminino. Os defensores da droga afirmavam que o medicamento feminino era esperado há muito tempo enquanto o masculino já estava com várias opções no mercado.
- Esse é o maior avanço para saúde sexual das mulheres desde a pílula - afirmou Sally Greenberg, diretora-executiva da Liga Nacional de Consumidores ao jornal New York Times.
Porém críticos apontam que a aprovação da droga foi deturpada devido ao envolvimento de uma questão feminista ao tratar de um remédio que não se mostrou totalmente eficaz e que apresenta riscos de efeitos colaterais. Entre os apontados estão a pressão arterial baixa, desmaio, náuseas, tonturas e sonolência.


Fonte: CRF-PA (Conselho Regional de Farmácia-Pará)
DATA: 19/08/2015

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