terça-feira, 10 de junho de 2014

Metformina desacelera envelhecimento de células, segundo estudo publicado na PNAS

Cientistas belgas descobriram uma nova propriedade da metformina, medicamento mais usado hoje no tratamento da diabetes. Ela desaceleraria o envelhecimento das células.
O estudo foi divulgado na PNAS, conceituada publicação de Ciência. De acordo com o artigo, a metformina aumenta levemente a produção de moléculas tóxicas de oxigênio pelas mitocôndrias, o que, paradoxalmente, deixa as células mais fortes e duradouras.
“Ainda que não se deva considerar nossa descoberta já válida para humanos, este estudo é promissor como fundação para pesquisas futuras”, afirmou o cientista da Universidade Católica de Leuven, Wouter de Haes.
No experimento realizado pelos pesquisadores belgas, serviram de cobaia animais da espécie Caenorhabditis elegans. Este tipo de minhoca tem cerca de 1 milímetro de comprimento e vive apenas três semanas – o que ajuda no acompanhamento das questões ligadas ao envelhecimento.
De acordo com os cientistas, efeitos comum do envelhecimento nestes animais (como redução de tamanho e enrugamento) foram atenuados e até mesmo anulados pela ação da metformina nas células.
Fonte: Guia da Farmácia

FONTE: CRF-ES (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO
ESPIRITO SANTO)
Data: 05/06/2014
REFERÊNCIA

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Avaliação da toxicidade musculoesquelética após cinco anos do tratamento com levofloxacina em crianças

 

       As preocupações de segurança para uso das fluoroquinolonas começaram a existir a partir de estudos com animais que demonstraram lesão da cartilagem nas articulações de suporte de peso, dependente da dose e da duração do tratamento. Para as crianças tratadas com levofloxacina ou outros medicamentos que servem de base comparativa em estudos comparativos e randomizados para otite média aguda e pneumonia adquirida na comunidade, este estudo de segurança de seguimento de cinco anos foi desenhado para avaliar a presença/ausência de lesão da cartilagem. 
     Crianças matriculadas em estudos de tratamento também foram incluídas em um ano de acompanhamento no estudo de segurança do uso de fluoroquinolonas, que focou em eventos adversos musculoesqueléticos (EAME). Aquelas com EAMEs persistentes, distúrbios musculoesqueléticos definidos no protocolo ou de preocupação para o Data Safety and Monitoring Committee, foram solicitadas a se inscreverem para mais quatro anos de acompanhamento, o objeto do presente relatório publicado no periódico Pediatrics. 
        Dos 2.233 pacientes que participaram do estudo de 12 meses de acompanhamento, 124 dos 1.340 (9%) indivíduos em uso de levofloxacina e 83 de 893 (9%) indivíduos no grupo de comparação continuaram para a avaliação pós-tratamento de cinco anos. Das crianças identificadas com um EAME durante 2 a 5 anos após o tratamento, o número que era "possivelmente relacionado" à terapia medicamentosa foi igual para ambos os grupos: um de 1.340 para o grupo em uso de levofloxacina e um de 893 para o grupo da comparação. De todos os casos de EAME avaliados pelo Data Safety and Monitoring Committee, pós-tratamento de cinco anos, nenhum caso foi avaliado como "provavelmente relacionado" para o estudo da medicação. Concluiu-se que não há nenhuma diferença clinicamente detectável entre crianças tratadas com medicamentos que servem de base comparativa ou com a levofloxacina, em relação aos EAMEs, entre um e cinco anos após o tratamento. Os riscos de lesão da cartilagem com o uso de levofloxacina parecem ser incomuns, são clinicamente indetectáveis durante cinco anos ou são reversíveis. 

FONTE: Pediatrics, publicação online de 2 de junho de 2014
 
REFERÊNCIA
NEWS.MED.BR, 2014. Pediatrics: avaliação da toxicidade musculoesquelética após cinco anos do tratamento com levofloxacina em crianças. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/545397/pediatrics-avaliacao-da-toxicidade-musculoesqueletica-apos-cinco-anos-do-tratamento-com-levofloxacina-em-criancas.htm>. Acesso em: 4 jun. 2014.