quarta-feira, 4 de setembro de 2013

EUA aprovam o primeiro medicamento contra a obesidade em 13 anos

         
     A agência reguladora dos medicamentos nos Estados Unidos aprovou pela primeira vez em 13 anos um remédio para tratar a obesidade, o Lorcaserin, comercializado como Belviq e fabricado pelo laboratório Arena Pharmaceuticals.
         "A Administração de Alimentos e Fármacos dos Estados Unidos (FDA) aprovou hoje o Belviq (cloridrato de lorcaserin), como um aditivo a uma dieta de baixas calorias e exercícios de sobrepeso crônico", afirmou um comunicado.
         A decisão da FDA segue a recomendação de um painel de especialistas que, em 10 de maio, pediu a comercialização deste medicamento para adultos obesos e com ao menos uma das doenças relacionadas ao excesso de peso, como a hipertensão ou a diabetes.
       O medicamento funciona controlando o apetite através de receptores no cérebro mediante a ativação do receptor da serotonina 2C.
        Os testes clínicos mostraram que o medicamento ajudou os pacientes a perder uma média de 3 a 3,7% de seu peso corporal depois de um ano, em comparação com um placebo, disse a FDA.
       O fármaco foi aprovado para seu uso em adultos obesos com um índice de massa corporal (IMC) de 30 ou mais, e em adultos com sobrepeso com um IMC de 27 ou mais que possuam ao menos uma doença relacionada ao sobrepeso, como hipertensão, diabetes tipo 2 ou colesterol alto.
       "A obesidade ameaça o bem-estar geral dos pacientes e é um importante problema de saúde pública", disse Janet Woodcock, diretora do centro da FDA para a Avaliação e Pesquisa de Drogas.
      "A aprovação deste fármaco, utilizado de maneira responsável em combinação com uma dieta e um estilo de vida saudável, oferece uma opção de tratamento para os americanos obesos ou que possuam ao menos uma doença relacionada ao sobrepeso", acrescentou.
      O último medicamento contra a obesidade aprovado nos Estados Unidos foi o Xenical (orlistat) da Roche em 1999. Também comercializado como Redustat, Slimella, Beltas, Redicres ou Alli, fabricado por diversos laboratórios, este remédio funciona evitando que o corpo absorva gordura, mas seus efeitos secundários gastrointestinais, como fezes oleosas, diminuíram sua popularidade entre os pacientes.

FONTE: CFF (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA)
Data: 04/09/2013

REFERÊNCIA
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1266&titulo=EUA+aprovam+o+primeiro+medicamento+contra+a+obesidade+em+13+anos

Idec reprova grande parte de bulas de medicamentos

       
        É difícil não ter dúvidas ao ler a bula da maioria dos cerca de 20 mil medicamentos vendidos no Brasil. A impressão em letra de tamanho maior, o uso de linguagem simples e em formato de perguntas e respostas, como requer a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, aparece em 313 bulas, das quais apenas 94 são de medicamentos alopáticos. E mesmo entre estes há problemas.
        O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) avaliou 17 medicamentos de uso comum, cuja nova bula já passou pelo aval da Anvisa e concluiu que apenas cinco estão em total conformidade com as exigências. Dos demais, três oferecem bulas no modelo antigo — totalmente irregular —, e nove, embora tenham o novo padrão, não cumprem integralmente a regra.
        Os aprovados foram Glucovance, Gilbeta, Prozac, Bonviva e Clenil Compositum HFA. Valtrex, Maalox e Buscuduo apresentaram ao menos um tipo de inadequação, mas sem riscos à saúde. Já as bulas de Vivacor, Crestor, Allegra D, Fluticaps, Transpulmin e Dramin B6 têm algum problema passível de causar riscos à saúde, segundo a avaliação do Idec. E as de Allexofedrin D, Engov e Belara ainda estavam no formato antigo, segundo constatação do instituto.

FONTE: CFF (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA)
Data: 04/09/2013
REFERÊNCIA
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1265&titulo=Idec+reprova+grande+parte+de+bulas+de+medicamentos