quinta-feira, 16 de abril de 2015

Enzima de rã trata verrugas genitais do HPV, apresentado na reunião anual da American Academy of Dermatology

Três quartos dos homens com verrugas anogenitais causadas pelo papilomavírus humano (HPV) tiveram remissão clínica e o restante dos pacientes tiveram respostas parciais a uma enzima derivada de rã, segundo relataram pesquisadores em estudo divulgado na reunião da Academia Americana de Dermatologia, que ocorreu em São Francisco.
A remissão clínica ocorreu em 18 de 24 pacientes avaliáveis em resposta à Ranpirnase, uma endoribonuclease derivada de ovos de Rana pipiens ou sapo leopardo do norte. Os pacientes receberam 1 mg/ml, duas vezes ao dia, de uma formulação tópica de Ranpirnase e as remissões ocorreram, em média, no prazo de 33 dias do início do tratamento, segundo informou Luis Squiquera, da Tamir Biotechnology. O restante dos pacientes avaliáveis apresentou melhora de pelo menos 50% das lesões.
Este estudo, com um número limitado de pacientes, fornece a primeira evidência clínica da eficácia antiviral da Ranpirnase e dá suporte para uma avaliação mais aprofundada desta medicação em um estudo clínico expandido para tratar verrugas anogenitais, segundo a conclusão do pesquisador.
A Ranpirnase já foi avaliada para o tratamento de vários tipos de tumores malignos. Estudos in vitro confirmaram a eficácia da enzima contra o HPV-11 e a atividade alargada contra o papilomavírus, confirmada em estudos envolvendo coelhos de laboratório. A enzima tem um perfil de toxicidade favorável acumulado em estudos clínicos e pré-clínicos.
Fonte: American Academy of Dermatology Annual Meeting, 20 a 24 de março de 2015


Fonte: NEWS MED
DATA: 30/03/2015

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Anvisa esclarece que Instituto Butantan não apresentou pedido à Agência referente à vacina contra a dengue



Em decorrência das informações recentemente divulgadas a Anvisa presta os seguintes esclarecimentos. Até o momento, a Anvisa não recebeu qualquer pedido de uso excepcional, ou mesmo protocolo de registro de qualquer vacina contra dengue.  Todas as solicitações recebidas dizem respeito a pedido de avaliação de protocolos de estudos clínicos com a vacina. Todos já foram avaliados e anuídos pela Anvisa.

Etapas de desenvolvimento
As regras gerais para o registro de um medicamento preveem a avaliação das Fases I, II e III de Desenvolvimento Clínico. No caso da vacina da dengue, os ensaios clínicos Fase I têm como principal objetivo a avaliação da segurança da administração do produto em seres humanos, podendo apresentar uma avaliação preliminar da imunogenicidade, que é a capacidade de induzir a imunidade no organismo.
Já nos ensaios clínicos Fase II, o principal objetivo é avaliação desta imunogenicidade, sendo mantida a avaliação de segurança. Em alguns casos, podem ser realizados ensaios clínicos Fase IIB associado a uma avaliação preliminar de eficácia.
Os ensaios clínicos Fase III têm como finalidade a avaliação da eficácia da vacina. De acordo com guias da Organização Mundial da Saúde (OMS), esta avaliação deve ser baseada na demonstração da eficácia contra a doença da dengue, virologicamente confirmada, resultante da infecção por pelo menos um dos quatro sorotipos de vírus da doença.
Situação atual do desenvolvimento das vacinas contra dengue no Brasil
Atualmente, os desenvolvimentos mais avançados dizem respeito às pesquisas clínicas realizadas pelo Instituto Butantan e Sanofi. A primeira está em fase II dos ensaios clínicos, e a segunda já tem os estudos fases II e III finalizados. Todas essas informações encontram-se disponíveis no site da Anvisa.
Em relação à vacina do Instituto Butantan, nesta quarta-feira (25/3), a direção e a equipe técnica da Anvisa participaram de uma reunião com representantes desse laboratório. No encontro foram apresentadas informações sobre o estágio atual do desenvolvimento clínico da vacina da dengue, além de relatar uma proposta de ensaio clínico de Fase III, que seria posteriormente protocolizada na Anvisa.
A Anvisa, desde já destacou que a vacina da dengue é assunto prioritário e que qualquer avaliação por parte da Agência será tomada com a maior brevidade, sempre garantindo todas as etapas necessárias à segurança e eficácia do produto final.
Além disso, foi informado ao Butantan que a manifestação da Agência ocorrerá após avaliação dos documentos a serem submetidos, de acordo com a legislação vigente, Resolução de Diretoria Colegiada nº 9, de 2015.
Na reunião, o Butantan também informou que o ensaio clínico de fase II está em andamento e que os dados de imunogenicidade deverão estar disponíveis apenas a partir de julho/2015.
Prioridade
Com o intuito de agilizar o processo de avaliação técnica para anuência de ensaios clínicos e, posteriormente, concessão de registro da vacina da dengue, assim como endereçar e sanar quaisquer pendências com relação às documentações de qualidade e clínica, previamente à submissão dos dossiês de ensaios clínicos e/ou registro, a Anvisa tem realizado reuniões com as empresas interessadas.
A Anvisa também tem estado presente em reuniões com organismos internacionais de interesse na área, como com a OMS e o Dengue Vaccine Initiative (DVI), participando das principais discussões mundiais a respeito da vacina.
Diante disso, os ensaios clínicos e o registro da vacina dengue no Brasil vêm sendo tratados com prioridade em todos os níveis da Anvisa. As atualizações sobre os avanços durante o período de pré-submissão, de análise dos ensaios clínicos e dos registros, eventualmente solicitados, da vacina serão periodicamente publicadas para que todos os interessados possam acompanhar com transparência o andamento do tema junto a esta Instituição.


Fonte: ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA)
DATA: //2015


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