terça-feira, 22 de março de 2016

FOSFOETANOLAMINA SINTÉTICA É REPROVADA EM TESTES PRÉ-CLÍNICOS


Os primeiros testes realizados com a substância fosfoetanolamina sintética, conhecida popularmente como “pílula do câncer”, realizados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que investiu a "pílula do câncer" após pressão de pacientes que relatavam melhora após usar a droga.
Segundo as análises realizadas pela MCTI, mostraram que a substância não é pura, como asseguravam seus criadores, contendo mais cinco componentes na cápsula e que ela não apresenta atividade contra o câncer em testes in vitro. 
Em novembro do ano passado, o governo havia anunciado o investimento de R$ 10 milhões para a pesquisa. A substância, criada pelo professor aposentado Gilberto Chierice, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, é distribuída há mais de 20 anos e não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada como medicamento.
A quantidade de fosfoetanolamina por cápsula é de 32,2% e que outra substância presente na fórmula, chamada monoetanolamina, apresentou capacidade de reduzir a proliferação de células cancerígenas. “Um dos componentes tem uma pequena atividade, mas é muito marginal, menor do que a apresentada por tratamentos convencionais.” Segundo Luiz Carlos Dias, professor titular do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que atuou na pesquisa do MCTI na etapa de caracterização e síntese dos componentes da cápsula.
Luiz Carlos Dias explica que ainda serão feitos testes in vivo, que devem incluir animais de pequeno porte, cujos resultados devem sair em um mês.  Outra questão preocupante, segundo o pesquisador, foi o fato de as cápsulas não terem a mesma quantidade de substância. Em 16 amostras pesadas, a quantidade variava de 233 miligramas a 368 miligramas. O rótulo indicava que deveria haver 500 mg por cápsula. “Cada uma tinha uma quantidade. Isso indica um processo artesanal.” 
O ministério informou que os resultados são preliminares e que “não existe ainda um laudo conclusivo sobre a substância”.


FONTE: Conselho Federal de Farmácia - CFF

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