quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Transtornos compulsivos associados ao uso de agonistas dopaminérgicos no tratamento da doença de Parkinson



Transtornos compulsivos graves envolvendo o jogo patológico, hipersexualidade e compras compulsivas têm sido relatados em associação com o uso de agonistas dopaminérgicos em séries de casos e estudos retrospectivos de pacientes. Estes agentes são utilizados para tratar a doença de Parkinson, síndrome das pernas inquietas e hiperprolactinemia.
Para analisar relatórios recebidos pela Food and Drug Administration (FDA) sobre eventos adversos graves causados por este tipo de medicação, em relação aos transtornos compulsivos, e sua relação com os seis agonistas dopaminérgicos aprovados pela agência, foi realizada uma análise retrospectiva com dados extraídos do FDA Adverse Event Reporting System, de 2003 a 2012.
Foram identificados 1.580 eventos indicando transtornos compulsivos nos Estados Unidos e em outros 21 países: 710 para agonistas dopaminérgicos e 870 para outros medicamentos. Os agonistas dopaminérgicos tinham forte associação com esses transtornos de controle dos impulsos. A associação foi mais forte para os agonistas dopaminérgicos pramipexole e ropinirole, com afinidade preferencial para o receptor D3 de dopamina. Uma associação também foi observada para o aripiprazol, um antipsicótico classificado como agonista parcial do receptor D3 de dopamina.
Os resultados confirmam e ampliam as evidências de que os agonistas dopaminérgicos estão associados com transtornos específicos de controle do impulso. Esses dados e os dados de estudos anteriores mostram a necessidade de advertências específicas nas bulas desses medicamentos.
Fonte: JAMA Internal Medicine, publicação online de 20 de outubro de 2014

REFERÊNCIAS
·         NEWS.MED.BR, 2014. Transtornos compulsivos associados ao uso de agonistas dopaminérgicos no tratamento da doença de Parkinson. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/577677/transtornos-compulsivos-associados-ao-uso-de-agonistas-dopaminergicos-no-tratamento-da-doenca-de-parkinson.htm>. Acesso em: 24 out. 2014.

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